O dia em que me perdi.

Lembro exatamente como se fosse agora, você convidou-me para visitar-te e eu sem repulsa aceitei. Não te conhecia e aliás não te conheço, no entanto você foi o melhor desconhecido que conheci! Eu não queria teu coração, e jamais pensei na hipótese de querer viver para sempre com você. Era moderna de mais para acreditar na ideia de entregar primeiro o coração e depois o corpo. E acabei fazendo o contrário, entreguei-te meu corpo de uma forma que nunca, nunca havia feito com ninguém.

Já dizia um sábio em que eu não acreditava “A cada pessoa que nos envolvemos, fica um pouco de nós". Boba, ele falava a verdade. E ficou, ficou muito de mim, a ponto de me fazer perder a cabeça e nunca mais querer outra coisa a não ser aquelas visitas vespertinas que me faziam perder aulas e trabalhos. Eu me perdi em você. Eu me perdi no teu corpo, e nunca mais consegui me encontrar. Eu me perdi no teu Beijo que me tirava o ar. Aquele Beijo intenso que sempre deixava meu lábio inferior a ponto de ter uma plasmoptise, e no outro dia acordava turgido.

Eu me perdi em cada detalhe, cada palhaçada. Cada mordida no corpo, e batidinha na bunda que você me dava. Me perdi nos teus olhos castanhos, na tua pele branca como a neve, e macia como uma roupa de lã. Em teu rosto de bebê, que havia uma leve barbinha, e eu achei alguma beleza nisso. E me perdi ainda mais. Perdi-me em você completamente e jamais pensei que fosse acontecer. Estou perdida. Apaixonei-me. Continuo apaixonada. Mas está bom assim, está OTEEEMO, maravilhoso. A melhor sensação de estar pedida é a de Ter certeza que um dia vou me encontrar, e que pode ser em teus braços.