Guerra civil
Uma guerra civil...
É o que estamos vivenciando.
Pessoas inocentes em meio ao tiroteio sendo alvejadas. Mas isso não é de agora.
Antes em guerras mundiais, os governantes protegiam, ao menos, tentavam proteger a população e, usavam a sirene ao perigo eminente.
Hoje em dia, somos surpreendidos pelos sons do tiroteio sem data, sem hora marcada... Em qualquer lugar... A qualquer hora... A qualquer instante.
Em nossas casas tentamos nos proteger, mas nem assim estamos totalmente seguros.
Meu corpo estremece a qualquer estampido. Pode ser o da bala cruzando o céu ou até mesmo o inocente estouro de uma bola de aniversário.
Antes poderiam falar que é apenas uma questão para o cumprimento da palavra de Deus.
Sinceramente não acredito nisso!
Pois Deus é pai e misericordioso. E principalmente não quer e nem deseja o mal para os seus filhos.
São 23 h e 51 min.
Há meia hora ouvíamos os estampidos.
Os sons das balas que não são doces cessaram!
Não sei se é definitivo por esta noite, ou se é mais uma trégua momentânea.
Está quase nascendo outro dia...
Emergindo com ele uma esperança de que amanhã poderá ser diferente. Agora lhe pergunto:
Qual será a motivação para tudo isso?
Respondo-lhe:
A disputa pelo poder... Avançar... Expandir território. E quem vence se torna o mais forte. Aquele que detém o poder do dinheiro... Das armas... Na procura constante de alimentar o vício alheio e assim lucrar com a desgraça do outro.
Enquanto não há mudanças, sobreviveremos em uma clausura do medo. Onde de algum modo precisamos agir como se nada mais houvesse ocorrido. Até que outra trilha sonora venha ecoar em nossos ouvidos.
23 h e 58 min.
Contagem regressiva para o dia seguinte!
23 h e 59 min.
Tentando desligar os sentidos!
00 h e 00 min.
Não mais 22 de maio de 2.013...
E sim 23 de maio de 2.013.
Mais um dia pela luta da sobrevivência!
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Texto composto a pouco mais de 3 anos, mas que permanece bem atual. Com uma realidade mais vil ainda!