Religião, arma letal
Nossas condolências aos parentes dos que pereceram na noite ou madrugada de ontem em Orlando, EUA, na boate “Pulse”.
Qualquer religião quando tende ao fanatismo e à intolerância é degenerativa. Tende à degeneração de todo o organismo, notadamente em termos da função psíquica e da capacidade de raciocínio. Talvez seja essa a explicação para que existam os que acreditam apenas numa única verdade, a que terá sido difundida e ensinada à exaustão pelo profeta ou liderança maior que assume assim a condição de um deus. Já que tem de haver um.
É dessa forma que várias religiões são homofóbicas, condenam a forma de amor igualitário e são capazes de fazer com que pessoas concordem em ser utilizadas como homens/mulheres-bombas em atentados terroristas. Que eles acreditam ser religiosos.
É próprio do gênero humano, especializado na criação de fórmulas, normas, condutas, lemas, leis, verdades, conceitos, pareceres, estipulações as mais diversas destinadas ao comportamento que devem ter as pessoas para que suas vidas possam ser aceitáveis em uma comunidade. A contrariedade de determinada postura pode inviabilizar a vida de certo indivíduo dentro de um grupo. Se um indivíduo é identificado como praticante do que não é aceito pela comunidade, normalmente por determinação religiosa, é ele obrigado a desistir de viver naquela localidade. E, às vezes, em localidades em que tais contrariedades sejam toleradas, acontecem atos extremistas como o de ontem em Orlando, no EUA, onde foram assassinadas de uma só vez 50 pessoas e 53 ficaram feridas. É o que parece ter sido a motivação maior, ou de fundo, para a tragédia.
Rio, 12/06/2016