MELHOR IDADE: UM DIA VOCÊ VAI CHEGAR LÁ!
Aos 20 anos me imaginava como seria aos 30. Chegaram os 30 e comecei a me imaginar como estaria aos 40. Teria muitas rugas? Estaria sózinha? Seria feliz? Passaram-se os 40, os 50 e hoje não imagino mais nada. Passei a viver a vida, pois estou na melhor das fases, no auge do meu potencial, profissional e emocionalmente falando.
Feliz de quem pode ver coisas positivas nesta fase da vida. Muitos se deprimem e acham que a vida acabou, que nada mais tem sentido. Eu, pelo contrário, vejo sentido em tudo. A maturidade traz à tona nossa beleza interior, que se sobrepõe à beleza física. Qualidades como dignidade, serenidade, capacidade de ouvir, de compreender mais as pessoas, capacidade intelectual, tudo isso melhora com a idade.
Tenho uma herança genética boa, que não me exige muitos cuidados. Saúde e vitalidade não me faltam. Entusiasmo pela vida, muito menos. Faço projetos, sonho, amo, atuo.
Àqueles que se referem aos de mais idade como se fossem algo imprestável, respondo com uma frase de uma grande amiga dos tempos de mocidade, chamada Madalena. Madá quando era chamada de "velha" dizia assim: "você pode demorar, mas um dia vai chegar lá".
Impossivel fugir do tempo, implacável destruidor daquilo que temos de mais belo: nossa beleza física. Mas ninguém é somente beleza física. Nossas qualidades e virtudes interiores podem fazer de nós, mais bonitas do que na verdade somos. Estas sim, devem falar mais alto.
Assumir que estamos "chegando lá" é o primeiro passo para aceitarmos a lei mais natural da vida: que nascemos, crescemos, amadurecemos e um dia partimos.
Se não posso lutar contra o inevitável, vou procurar vivenciar essa fase da melhor maneira possível. Auto estima é vital nessa e em todas as fases da vida. Se gosto de mim e da minha aparência desde que me entendo por gente, porque deixaria de gostar agora? Minha auto estima é suficiente para encarar o espelho e dizer: "eu ainda estou usável". Não sou uma das sétimas maravilhas da natureza, mas também não estou completamente destruída. Na melhor (ou pior) das hipóteses, fico no meio termo.
Minha meta de vida é ser feliz e não vou deixar de sê-lo porque o meu corpo mudou de forma. De uma coisa eu tenho certeza: não estou sendo uma "velha" chata, dessas que permanentemente reclamam de tudo. Também não estou fazendo papel ridículo, querendo parecer uma mocinha de 20. Estou sendo eu mesma, com a graça e a beleza que eu tenho, seja aos 50, 60 ou até onde Deus me permitir.