DEBATER-SE ENTRE A VIDA, A MORTE, O NADA E A ETERNIDADE.

Nascemos, insondável milagre da criação. Com ele partiremos com o mistério insolucionado.

Chegamos e respiramos oxigênio, vida única e mágica, fragmentada entre poucas festas e a lágrima que mata.

Não pedimos a viagem, nem com ela sonhamos, surgiu e se apresentou pela exclusiva força que poucos entendem e negam, o amor.

Resgatados da eternidade, da soberania do tempo caminhante, somos invadidos pelas cercanias da ausência de amor, mesmo fenômeno que nos trouxe; paradoxo.

Assim vivemos, traçamos nossa estrada, paradoxalmente, E NOS DEBATEMOS E DEBATEMOS.

Enfrenta-se o debate entre a vida a morte futura e o nada pelo qual passamos. Nada de razão exsurge. Na meta final busca-se o mesmo amor que nos trouxe e recusa-se.

Um nada desimportante pelo qual passamos e é nada, obscurantista, e o debate quer coroar de méritos. Há um algo maior que emociona e arrebata quando concede o privilégio de percebê-lo.

Sem explicar nossa chegada, a passagem e a última viagem que encerra a primeira, retorna-se à primeira casa da qual partimos, a eternidade. Nela não há sofrimento,doença ou morte, muito menos impermanência, nenhum debate. Somente a eternidade é eterna, inviolável em seu sacrário inatingível por debates.

Debater-se ou debater resta infausto, aziago, nada se encontra no nada, de vazio se alimenta por enfrentar a força incompreendida que nos resgatou da eterna casa, o amor.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 12/06/2016
Reeditado em 12/06/2016
Código do texto: T5665006
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