CAPÃO BONITO: ÚLTIMA AGÊNCIA DO BB
Em 29.10.89, despedia-me , com uns salgados, após o expediente, do pessoal. Era uma tarde chuvosa. Poucos colegas: não tivera tempo de fazer amizade dado o pouco tempo –menos de um ano- como gerente. Ainda por cima, ausentava-me bastante, para frequentar o curso de Jornalismo na Unesp-Bauru.
Mas Capão Bonito deixou-me algumas recordações não agradáveis. Logo no primeiro dia que assumi, um supervisor, nikkey, casado, com filhos, mas separado, fora encontrado morto em sua casa. Estava depressivo e correu muitos boatos a respeito. Fiquei a noite toda velando o corpo. Foi sepultado em uma cidade vizinha. Pedi a dois colegas graduados da agência que acompanhasse o enterro. Mais tarde, soube que fora objeto de crítica da família: deveria ter ido ao enterro, pessoalmente, e falado alguma coisa no sepultamento. Outro fato inusitado: perguntei ao responsável em que pé estava uma propriedade rural que o banco adjudicara há muito tempo. Disse-me que o banco não tomara posse porque o executado disse que mataria o primeiro que aparecesse por lá. Agora, quando da minha visita, soube que o assunto foi solucionado.
Ontem, dia 9 de junho, voltei à agência. Está totalmente reformada. Muito mais aconchegante e bonita. Aliás, após 27 anos, tudo em Campo Bonito está diferente, para melhor. Como mudou.
Fui bem atendido pelo gerente, o nikkey Mauro Mitsuo Mori. E encontrei também o ex-menor daquela época: João Braz de Proença, que agora está como funcionário.
A gente fica satisfeito quando se é bem atendido em qualquer situação, não é mesmo? Obrigado.
Por falar de velório não me esqueço de um na Beneficência Portuguesa em São Paulo,de colega também do BB, companheiro de sala lá na SUPER. No início da noite, havia muitas pessoas. Mas pouco a pouco foram indo. Quando percebi estava sozinho. Ainda bem que ao lado ocorria outro velório.