Pequenas histórias 142.
Dia vinte e seis
Dia vinte e seis de maio, segunda-feira, aos aniversariantes os meus parabéns, que a sorte esteja sempre acompanhando os passos nessa caminhada de alegria, paz, saúde e muita felicidade, o meu abraço.
Depois de vários dias de tratamento devido a problemas nos rins, deixando por causa disso de se alimentar adequadamente, na madrugada de sábado para domingo, o folgado, o Johnny, o folgado, como eu denominei, morreu cercado de carinho. Numa cerimônia simples, foi enterrado no quintal de casa embaixo da pitangueira. Como animal é surpreendente! A traquina da July sentiu a ausência do gato. Quando foram enterrar o Johnny, a July estava perto e, passou a tarde toda quieta, rodando o lugar onde o companheiro fixou sua última residência. Passou o dia inteiro quieta, amuada, pelos cantos da casa, pelo quintal, só a noite foi que ela voltou a ser a July, a serelepe.
- Está uma amanhã com cara de que vai chover, disse o Alexandre enquanto esperávamos o fretado.
- Não caindo muito temperatura tudo bem, respondi.
Realmente, as nuvens carregadas tornando a claridade cinzenta, dava a impressão de chuva, de temperatura baixa. No entanto, nesse momento, olhando pela janela percebe-se um sol, meio tímido, mas um sol que promete esquentar. Assim espero.
Sou muito influenciado pelo o que me rodeia. Não consigo escapar disso, sair desse emaranhado de aflições e angustias. Há um fator que me prende, não sei o que é. Durante todos esses anos, mais de cinquenta anos, venho tentando achar, descobrir o que me atarraxa nesse esquema. Esse esquema louco de viver no prosaico mundo perigoso em definir letras cuja ansiedade me leva a quereres sem limite.
Contemplo a nem sempre ingenuidade dos adolescentes saindo da puberdade, às vezes perdidos sem saberem qual o caminho seguir, se suas necessidades são ou não justificadas diante dos seus atos. Se o que eles fazem é realmente aquilo que desejam que fosse. Se não tem o ambicionado pensamento de ser outrem, ter o conhecimento alheio. Ter aquilo que desejam ter e não tem por mesquinhez burguesa social castrando qualquer ato puro e saudável.
Todo ser humano tem o direito de ser e agir como quiser.
ps – depois de bambinamente ter passado um dia alegremente feliz, desejo-lhe bom regresso Carlão. Desculpe a brincadeira, bom retorno com alegria e paz na saúde nossa de todos os dias.
pastorelli