A crise "ambulante".
Esta crise vem colocando os casais nas ruas em busca do "ganha pão" , passando a vender todo o tipo de coisas em carros de som; pamonha ( eu detesto, tem cheiro de suor de axilas) , churros ( o mais chato de todos, não tem hora pra berrar ) , produtos de limpeza ( qualidade perigosa), ovos direto da granja ( de onde mais poderia ser , da papelaria ?), e ainda escorrega "bonito" no português; " É dez real ...", sorvete caseiro ; floresta branca, floresta negra, floresta cor de rosa...". E olhem que moro numa rua sem saída ! Aliás não sei se é tão bom assim, pois parece o " Sambódromo", no final tem a
a pracinha da apoteose , onde eles se soltam ainda mais...
As vezes compramos ovos, sacos de lixo , e só. Essas coisas de milho eu não gosto...mas curto milho verde na praia , não é legal ? Estão vendo, não sou tão chato assim !
Brincadeiras à parte, na verdade eu entendo e ...ah me esqueci do carrinho de mão com bananas e mandioca ( o cara ainda tem aquelas balancinhas esquisitas), desse eu gosto...Como ia dizendo, eu entendo esse povo, só acho que deveriam ter alguma regulamento para altura do som e horário, porque se tornam bastante invasivos , alguns chegam até a tocar a campainha de casa com insistência ; " O senhor não quer comprar paninhos de prato ? ".
Acho que daqui a pouco não irei mais à feira, ela acabará passando em frente de casa mesmo , como escola de samba.
Nos semáforos vendem de tudo, desde Bobby Esponja de pelúcia até raquetes elétricas para a dengue...fora os malabaristas vestidos de palhaço, pedintes , cegos , mudos com plaquinhas penduradas, gente sem pernas, e toda a espécie de moleque vendendo balas, quando estou de boa até dou alguma atenção ( até já comprei um binóculos e um guarda chuva ), mas se estiver de ovo virado, fecho os vidros e ligo o som, nem sempre o mar está para peixe. Em regra geral olho com carinho, ou piedade, são pessoas se defendendo de alguma forma, e eu entendo .