"ELE TEM MUITA VONTADE DE VIVER"!
Comentários no link http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2016/06/pele-tem-muita-vontade-de-viver-para.html
Para Josemin Nascimento
“Ele tem muita vontade de viver”, disse a moça de cabelos curtos, que orientava pessoas de um grupo de motoqueiros, respondendo qual seria a doença de Josemim Nascimento estaria sofrendo.
Sentado em uma cadeira de rodas com um sorriso no rosto e um tubo na garganta recebia a todos que compareceram à feijoada beneficente por ele promovida. Em sua mão deformada pela doença, um celular com o qual se comunica com as pessoas que se dirigiam ao local e o mundo pelas redes sociais, através de uma das quais passei a ter contato com ele. Fiquei impressionado com sua alegria e força de vontade de viver, mesmo sabendo que sua doença jamais terá cura pela medicina.
Na feijoada de Josemin Nascimento, se apresentaram as Bandas de música Hanvox, Berseerkers, Ponto 44 e o cantor Thiago Carvalho. Também contou com a presença dos clubes de motoqueiros “Almas Livres”, “Soul Rouders”,” Lobos Solitários”, “Ajuricabas”, “Open Read” e “Guepardos”, todos ostentando suas roupas características de couro preto. A moça de cabelos curtos coordenava pelo celular, a chegada desses grupos de motoqueiros e deu a entender que fazia parte deles também. Uma pessoa ao celular lhe perguntara qual a doença de Josemin Nascimento teria: “tem muita vontade de viver”, mesmo sofrendo da mesma doença do físico inglês Stephem Willian Hauwing, um dos mais consagrados cientistas da atualidade, doutor em cosmologia, professor de matemática na Universidade de Cambridge e diretor de pesquisa do Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica, além de Fundador do Centro de Cosmologia Teórica da Universidade de Cambridge. Josemin Nascimento começou a sofrer de sofrer de atrofia muscular aos 26 e hoje, aos 35 anos, está em cadeira de rodas. É...Josemin, você tem muita alegria e vontade de viver mesmo e a doença não lhe tirou o sorriso do rosto.
O carro da minha esposa, que me levaria ao local, através do GPS. Deixamos o Condomínio Mundi e marcamos a rota. Morei no bairro da Betânia e conheci o local na década de 70, quando tudo era um balneário de águas verdes e avisai, “até a Escola Graziela Ribeiro sei chegar. Ela fica depois do bar Koka 2 e da residência em que morou o advogado Tude Moutinho da Costa, em frente a antiga Indústria de Pasteurização de Leite do Amazonas”. Em frente a Escola Graziela Ribeiro, minha esposa comentou: “pela bandeira no GPS, está próximo o número 50 da rua”. Mas era a rua errada e a numeração das casas era ilógica, passava de um número 850 para o 3. Não seguia nada do que havia aprendido: o número das casas é sempre no sentido centro-bairro e do lado esquerdo ficam os números pares e do lado direito, os ímpares. Nada havia! Era uma bagunça de números e nunca qualquer órgão do município se preocupou em resolver o problema, como, aliás, ocorre no resto de Manaus também, salvo poucas exceções. Pior de tudo é que não existem placas com o nome das ruas. Estávamos perdidos, literalmente e tivemos que perguntar.
A rua ficava do outro lado da avenida. Tivemos que entrar em uma rua coletora, seguir em frente, passar novamente pela rua principal da qual havíamos saído pelo GPS para dobrar à esquerda e pegar a continuação da mesma rua do outro lado. Na rua que estávamos procurando o número 50, ao lado de um número par existia outro impar e mudava rapidamente de 850 para o número 3. A “Rua 9 de maio, 50 – Lagoa Verde” não era a mesma que o GPS indicara para dobrar, infelizmente. Ficava do outro lado. Finalmente chegamos ao local da feijoada.
Havia mesas e cadeiras embaixo de uma lona azul e Josemin Nascimento, o guerreiro sem espada e da paz que tem “muita vontade de viver”, mesmo com suas limitações, nos recebeu com um sorriso, sentado em sua cadeira de rodas, sem poder falar nada, só se comunicando pelo whatsapp. Além de duas feijoadas que adquiri, lhe presentei com quatro livros.