ARREPENDIMENTO. CONSCIÊNCIA. LIBERDADE.

O conforto da consciência. Quem o tem? Dizem como minha mulher que muitos não têm consciência. Não teriam então alma. Há uma balança consciente que sabe para onde oscila. É o fiel da balança, a consciência, e segundo o que é comum e vulgar, sinalizando o correto e o incorreto.

Essa consciência de cada um, do mais rude ao mais letrado, sabe o que é certo e errado. Ela dirige sua vontade para qualquer caminho, a consciência. Como então inexistir consciência?

O instituto da colaboração premiada construído na Itália, acrescido de seguimentos nos EUA, possilitou a retirada dos véus da consciência incorreta. Não só no Brasil.

Assoma uma indagação. Há arrependimento? Isto seria o principal para o soerguimento interior e conforto da consciência, o conforto espiritual com o qual podemos passear pela vida livremente e sentir os ventos da liberdade plena, como ressaltou Delcídio Amaral após sua “delação”, andando na moto do irmão em São Paulo.

Não há maior liberdade do que andar de moto, e fazê-lo com a consciência restrita com algo que fustiga deve ser de total desconforto. Posso dizê-lo, pois andei de moto toda a vida, com total conforto material e espiritual, hoje não é meu veículo principal, o trânsito e os riscos não permitem, mas ainda dou meus “bordejos”.

O importante além da liberdade sentida a quem ficou devendo e se livrou do débito é a consciência do dano e seu consequente arrependimento, verdadeiro. Somente sob essa angulação, há, verdadeiramente, um perdão de todas as forças enfrentadas pela incorreção.

Quem tem consciência se veste da limpeza na conduta e generosidade do coração, esse é o quilate de avaliação, mas o arrependimento é a conduta interior que liberta e recupera para a vida o arrependido e lhe traz a liberdade perdida.