Zambeta

Já contei, salvo engano, sobre as minhas dificuldades para jogar futebol, quando adolescente: asmático, cansado, naquele tempo não exitia a bombinha, eu jogava no máxino meia hora. Ficava paradão na quaina da grande área esperando que um amigo que era o maestro do time, o meia esquerda, me desse um passe nos pés. Eu era ponta-de-lança. Era até bom dribladior, se pegasse a bola redondinha do amigo, aproveitando a "poupança" de ar do tempo que passava parado, eu, fazendo das tripas coração, ousava dar um pique, se driblasse o beque, ficava cara a cara com o goleiro e aí, como chutava sem força, tentava colocar a bola no cantinho,sempre o esquerdo. `s vezes fazia o gol. Era uima festa. Mas eu ficava no mesmo local, pensem no sacrifício para voltar para o meio de campo, não raro saía eficava um tempinho descansado atrás da barra. Nunca sofria uma falta, até os adversários gostavam de mim, sempre desconfiei que um beque truculento adversário facilitava as coisas para mim, éramos amigos.

Tinha outro ponto hilário: apesar de jogar de atacante não cabeceava,nunca cabeceei uima bola,usava guimex no cabelo, denão usasse ele caía nos olhos, e aí além de piado ficava meio cego.

Não parava por aí minhas dificuldades: zsendo zamabeta, ospés quinze para as três, impediam até meu pobre rush,o pique único em direção à meta adversária. Era tão zambeta que um calcanhar batioa no outro.

Apesar desses percalços eu sempre foi doido por futebiol, mas a asma me fez deixar de jogar muito cedo. Mas tenho alguns retratos e quando revejo, confesso, meus olhos marejam, tenho saudade do ponta de lança cansado. Ah, que saudade do passado. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 05/06/2016
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