Entrevista capital

Olá! ...É, eu sou o Herário! Como? Erasmo não: Herário! Sim, sou público, mas estou na área privada nesse horário, digo, nesse instante... Oh, desculpe a confusão... Herário/área/horário... É que trabalho muito clandestinamente e isso às vezes me desorienta... Imagine que já fiquei trancado em bancos suíços nos idos dos anos setenta/oitentas... Hoje poucos de nós se arriscam por lá. Criaram novas alternativas de nos internar nas ilhas e penínsulas do nosso continente. ...É, ouvi falar que estão me procurando; perguntando por mim aos meus tutores... Quero formalmente dizer que aqui sempre fui muito bem tratado por eles! Só tenho um pouco de saudade da terrinha... Como? À jato? Bem, mas, isso não é uma máquina de lavar automóveis? Não? Pôxa! “Taí” uma coisa quem sempre gostei no nosso pais: o senso de humor, mesmo nas tragédias nacionais. ...Então você acha que irão me deportar? Levar-me-ão de volta? Duvido muito! Seria muito bom pra ser verdade. Podem levar uma pequena parte de mim, até porue, engordei muito por aqui.  Hum, mas que coisa! Estão presos? Com a língua solta? Gravando? Por falar nisso, que é que isso aí no seu paletó? Mas Machado, desse jeito você me lasca!!!