Pequenas histórias 140
Dia vinte e um
Vinte e um de maio de dois mil e oito.
“Eu aprendi que existem pessoas que amam afetuosamente e que há também as que não sabem demonstrar isso...”.
Dia vinte e um, quarta-feira, dia de feijoada, dia de palestra com Nuno Cobra que discorreu sobre a saúde por mais de uma hora sem parar, só no gogó, na voz, sem usar slide ou fotos.
Dia vinte e um, quarta-feira, depois do almoço, depois de uma feijoada a inspiração se evapora por entre afazeres molemente digeridos no almoço.
Dia vinte e um, quarta-feira, sempre digo: quando venho trabalhar, venho passear. Levanto mais cedo, sem pressa, apreciando os movimentos, sem me preocupar com o metrô cheio ou não, observando as pessoas com os ridículos de suas ações estampados nos rostos.
Dia vinte e um, quarta-feira, nunca me preocupei se ainda falta não sei quantos dias para chegar o fim de semana. Segunda para mim é uma segunda e vou curtir o dia como segunda que ela é, e não um empecilho pensando ansiosamente para que o fim de semana chegue logo. Se não curtirmos o momento presente não estaremos vivendo, estaremos vegetando num viver antecipado.
Dia vinte e um, quarta-feira, poderia dizer muitas coisas, mas que não consigo transformar o dizer em palavras que possa dar a ideia do que penso e sinto no momento. Portanto, paro o meu escrever neste ponto.
pastorelli