Crônica de outono

Tento pensar...

Em escrever algo...

Mas o tempo passa!

A minha mente está igual a uma mistura de todas as cores.

Ficou tudo branco.

Não parece que sou eu!

Pois estou idêntica a alguém que não tem sentimentos.

Estou igual a uma pessoa que não tem nenhum resquício qualquer de talento ou criatividade.

Às vezes, penso:

Será que ficarei igual a elas?

Às vezes, acredito:

Que estou ficando igual a todas elas, com um coração tolhido pelo vazio.

Mas não fraquejarei!

Ah...

Se elas soubesse do que sou capaz!

Ah...

Se elas soubessem do que sou capaz!

Essas pessoas são inúteis e, incapazes de olharem à sua volta!

Capacidades têm sim...

Apenas para verem os seus próprios umbigos sujos e imundos.

As suas mentes são cruéis, mas jamais vão se apoderar da minha.

Elas tentam me alcançar...

Os meus pés estão a léguas de distância delas.

O que vejo dentro de mim nesse exato momento?

Onde a chuva fina teima em cair cortinando o céu...

O que há dentro de mim nesse mesmo instante?

Onde vidas se perdem lá fora em goles, de picadas, tragos e pó entorpecendo suas dores.

No fundo eu sou igual a elas, anestesiando-me!

Não desejando pensar em algo que em enfraquece.

E para me mostrar à forte, finjo que nada mais existe a minha volta. E dou conta apenas daquilo que me faz bem e que, nada mais me basta.

Entrego-me ao vicio de estar aqui desenhando letra por letra na pauta do caderno que, sem reclamar ou ficar cansado suporta o meu incansável desabafo.

Na verdade, prefiro estar na companhia de um doce animal de estimação, mesmo que não seja o meu, embora este já não o tenha mais ao meu lado, do que ficar ao lado de quem ali não me deseja.

Preciso... Necessito estar na companhia dos meus... Daqueles que aceitam a simplicidade de minha alma do que os rompantes dos holofotes.

Estou aqui nesta sexta-feira que, poderia ser 13, mas não é, tentando contemplar a beleza de um anoitecer de outono, onde não apenas os sentimentos ficam cinzentos, como a paisagem esperando quem sabe florescer em um belo dia de primavera.

Tento pensar...

Em escrever algo.

Mas o tempo passa!

Creio que seja melhor deixar para amanhã...

Quem sabe se o sol brilhará, banhando-nos com seus raios e nos dando a energia que tanto nos revitaliza.

Quem sabe?

A única certeza é de que o cansaço chega e preciso dormir.

Fé em Deus!

Amanhã será tudo bem mais diferente...

Espero...

É o que desejo!

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 05/06/2016
Código do texto: T5657722
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