Despidos pelo Tempo
Entrou-se no Facebook como quem nos tempos românticos entrava-se em uma taverna, bar, boteco, ou bordel e rendido pela ideologia do amor romântico, ideal e eterno, entrava-se na igreja para casar.
Entrou-se lá neste mundo, nesta cidade do pós-moderno onde as pessoas entram para discutir ideias, intimidar religiosidades, expor narcisos e histrionices, vigiar – é a expressão daquilo que Foucault chamou de sociedade panótica – e, enfim, “quem têm mostra a vida e quem não têm enfia a língua”.
Foi quando uma das páginas que se curtiu anunciou que estava fazendo transmissão ao vivo da manifestação dos artistas contra os ditames do desgoverno em prol de um país “Sem Cultura, Sem Arte, Sem Educação” – o ator pornô já havia visitado o usurpador levando pautas para a deseducação nas escolas.
Curioso, foi ver que transmissão era esta e de que forma seria feita. Ficou muito surpreso porque, em um veículo virtual, outros que não estavam presentes no espaço geográfico, onde o evento ocorreu, podiam participar enviando mensagens do local em que se encontravam. Era algo que se via, era vista e se interagia no espaço virtual – vai a geografia preocupada com os lugares explicar estes sítios urbanos surreais!
Ficou maravilhado! Era como se teletransportasse nas duas dimensões históricas – tempo e espaço – e que a pós-modernidade trazia a terceira – a surreal virtualidade.
Na intersecção de dois espaços geográficos – quarto de dormir em Minas Gerais e Ministério da Cultura no Rio de Janeiro – se emocionava tornando-se e fazendo-se onipresente. Batiam-se palmas, gritavam brados, ovacionavam jargões e eram todas as vozes, faladas e escritas, uma única:
- Temer Temer, por quê?
- O Temer já está caindo!
- Os Golpistas não passarão!
Envolviam-se todos na manifestação, aqui e lá. Os pelos se arrepiavam! Se os gritos lá se elevassem, as escritas das mensagens se tornavam mais eloquentes! Tudo se tornava vivo e vibrantes à medida que o número de manifestantes aumentava lá e o IBOPE registrava o número de pessoas que se conectavam em ordem crescente.
Passou o tempo romântico de revoluções e guerrilhas coroadas pelo número de mortos e ruas ensanguentadas.
Passou o tempo fanático de torturadores e torturados nos porões das ditaduras.
O Pós-moderno trouxe novas formas para se conseguir menores desigualdades sociais, justiças e denunciar os corruptos, que se contradizem chamando outros de corruptos, enganando o povo com falsos clichês pleiteando causas próprias.
Porque “FASCISTAS não permanecerão”. Caíram outras vezes e sempre cairão.
O tempo, o Tempo Histórico, despe a todos de suas roupagens e estigmas. Ele já deixou nus os barbudos comunistas com suas foices e martelos – até porque a economia não se faz mais pelo setor agrário ou industrial – e deixou nus também os que vestiam uniformes e se apegavam ao nacional – a economia é Global desfazendo os feixes de todo histérico fascismo.
O tempo traz agora a roupagem do Pós-moderno!
Entrou-se no Facebook como quem nos tempos românticos entrava-se em uma taverna, bar, boteco, ou bordel e rendido pela ideologia do amor romântico, ideal e eterno, entrava-se na igreja para casar.
Entrou-se lá neste mundo, nesta cidade do pós-moderno onde as pessoas entram para discutir ideias, intimidar religiosidades, expor narcisos e histrionices, vigiar – é a expressão daquilo que Foucault chamou de sociedade panótica – e, enfim, “quem têm mostra a vida e quem não têm enfia a língua”.
Foi quando uma das páginas que se curtiu anunciou que estava fazendo transmissão ao vivo da manifestação dos artistas contra os ditames do desgoverno em prol de um país “Sem Cultura, Sem Arte, Sem Educação” – o ator pornô já havia visitado o usurpador levando pautas para a deseducação nas escolas.
Curioso, foi ver que transmissão era esta e de que forma seria feita. Ficou muito surpreso porque, em um veículo virtual, outros que não estavam presentes no espaço geográfico, onde o evento ocorreu, podiam participar enviando mensagens do local em que se encontravam. Era algo que se via, era vista e se interagia no espaço virtual – vai a geografia preocupada com os lugares explicar estes sítios urbanos surreais!
Ficou maravilhado! Era como se teletransportasse nas duas dimensões históricas – tempo e espaço – e que a pós-modernidade trazia a terceira – a surreal virtualidade.
Na intersecção de dois espaços geográficos – quarto de dormir em Minas Gerais e Ministério da Cultura no Rio de Janeiro – se emocionava tornando-se e fazendo-se onipresente. Batiam-se palmas, gritavam brados, ovacionavam jargões e eram todas as vozes, faladas e escritas, uma única:
- Temer Temer, por quê?
- O Temer já está caindo!
- Os Golpistas não passarão!
Envolviam-se todos na manifestação, aqui e lá. Os pelos se arrepiavam! Se os gritos lá se elevassem, as escritas das mensagens se tornavam mais eloquentes! Tudo se tornava vivo e vibrantes à medida que o número de manifestantes aumentava lá e o IBOPE registrava o número de pessoas que se conectavam em ordem crescente.
Passou o tempo romântico de revoluções e guerrilhas coroadas pelo número de mortos e ruas ensanguentadas.
Passou o tempo fanático de torturadores e torturados nos porões das ditaduras.
O Pós-moderno trouxe novas formas para se conseguir menores desigualdades sociais, justiças e denunciar os corruptos, que se contradizem chamando outros de corruptos, enganando o povo com falsos clichês pleiteando causas próprias.
Porque “FASCISTAS não permanecerão”. Caíram outras vezes e sempre cairão.
O tempo, o Tempo Histórico, despe a todos de suas roupagens e estigmas. Ele já deixou nus os barbudos comunistas com suas foices e martelos – até porque a economia não se faz mais pelo setor agrário ou industrial – e deixou nus também os que vestiam uniformes e se apegavam ao nacional – a economia é Global desfazendo os feixes de todo histérico fascismo.
O tempo traz agora a roupagem do Pós-moderno!
Leonardo Lisbôa,
Barbacena, 02/06/2016.
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