Porto seguro depois de solidões... Soldados - de sol a sol, de passado em passado até o porvir...
Jessé - Porto Solidão
https://www.youtube.com/watch?v=J1X6lVPlwu0
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Geraldo Vandré - Pra não dizer que não falei das flores (Caminhando e cantando)
https://www.youtube.com/watch?v=6oGlRrJLiiY
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A Terceira Margem do Rio - Guimarães Rosa
http://www.releituras.com/guimarosa_margem.asp
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Eclesiástico, 34, 10
Bíblia Ave Maria - Bíblia Católica Online
www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/eclesiastico/34/
"Ele eleva a alma, ilumina os olhos; dá saúde, vida e bênção."
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Alma minha gentil, que te partiste (1595 - soneto 080)
Alma minha gentil, que te partiste
tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no Céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
memória desta vida se consente,
não te esqueças daquele amor ardente
que já nos olhos meus tão puro viste.
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E se vires que pode merecer te
algüa causa a dor que me ficou
da mágoa, sem remédio, de perder te,
roga a Deus, que teus anos encurtou,
que tão cedo de cá me leve a ver te,
quão cedo de meus olhos te levou.
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000164.pdf
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Há águas debaixo da ponte da ponte conforme a fase da vida... E a tempestade se passe e o tempo pode mudar. E é preciso ter coragem, conviver com o ritmo da vida, cheia de ais e mais suspiros e paixões. Em cada canto um desaponto, desalento, um desvio, um suspiro, uma boa e difícil surpresa. E tudo passa e passamos aos poucos - construímos a vida com os outros e alguns nunca mais se veem.
E a transição da travessia se estica até a esquina. Mas, a musa. E a música nos faz lembrar um estágio de nosso estádio e as personas que nos marcaram e deixaram vestígios e sucos na face e memória coletiva na alma social de quem entreteve amigos e perdeu amigos e conhecidos.
E ia o soldado Bosco pelo pelotão cantava e subia o Calaboca - nome atrás do Bom Fim, lá pelos lados de São João del-rei, meus 18 anos eu vivia. E o ano de 1980 transcorria. O Papa João Paulo II visitava o Brasil. E o tênis machucava o pé. E continuava o pelotão a correr as ruas - descendo em direção ao São Francisco e o Segredo, outro bairro, no centro da cidade supracitada.
E a música de Jessé me faz ir a esse tempo que jamais esquecerei.
O jovem de 18 anos, na tarde ensolarada de um dia no túnel do tempo. E o entrego ao Autor do Tempo e ao meu Deus. Agradeço dos momento de saudade - termo suavemente fisgante de um coração que vive e retorna o passado que é meu e existe aqui e insiste dizer coisas ao soldado - cuja persona ainda passa e canta em mim. E ludicamente é verdeamarela. Um soldado cristão e ora ao seu Deus e ama a vida, que curte ao Senhor da Vida. Viver é equilibrar-se na tênue brisa entre o presente que te leva na musicalidade de Jessé entre o passado que insiste e eterniza e o futuro que se abre nas suas dobraduras de "velas e que vem e vai - me arremessando..." aquém e além... no mistério da vida; entre as margem - sem o terror ou culpa de encontrar uma ""terceira margem' minha, com a esperança de rever amigos - "todos soldados amados ou não..." Amém.