GIRIAS DE ONTEM E DE HOJE
“- Meu namorado tá de kaô comigo” , ou seja, meu namorado está me enganando, é o que a moça quis expressar ao dizer a frase acima.
Ao ouvi-la, falando pelo celular com uma provável amiga, no ponto do ônibus, já imaginei esta crônica que escrevo agora.
As gírias sempre fizeram parte do linguajar do brasileiro, mormente entre os jovens. Convenhamos que, entre pessoas idosas, o uso da gíria, costumeiramente, soa mal, beirando às vezes ao ridículo. Gíria é mais próprio dos jovens.
Ontem se dizia de uma mulher bonita de corpo, boazuda, que ela era um “violão”. Hoje, que ela é uma “gata”; “Arrebentou a boca do balão”, de ontem, é o mesmo que “Arrasou” hoje; o “É ruim” de ontem é o mesmo que “É rodi”, hoje; “O cara” de ontem é o “velho” ou “véio” de hoje; “Deu bronca” de ontem é o “Deu tilti” de hoje; “Tremendo”, ontem, é o “Chocante” ou “Sinistro” hoje; “Golpe” ontem, “É kaô” hoje; “Meu chapa”, ontem é “Meu brother” hoje e “Chaveco” de ontem é a “Cantada” de hoje.
A língua portuguesa é muito rica e variada e, como tal, a “Flor do Lácio” deveria ser mais cultivada, não só pelos gramáticos, filólogos, jornalistas e poetas, mas por todos, em geral, tanto ontem como hoje.
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B.Hte., 31/05/16