Preta.
Amor platônico. Era uma linda morena que conheci em Caratinga. Era uma jovem senhora casada com um senhor bem mais velho. Era maravilhosa! Me tratava com tanto mimo que me apaixonei por ela. Com a minha cabeça conturbada de adolescente, de preceitos morais e religiosos, a paixão me sufocava; amava em silêncio, sofria calado, lembrando sempre a recomendação de meu pai; não desejar a mulher do próximo. Mas só ficou nisso. Era o ano de 1952, mudei da cidade, nunca mais a vi ou ouvi falar sobre ela, mas ela me acompanhava em Pessoa anônima como eu mesmo, mas que me deixou imensa saudade. Intensamente um pensamentos e bronhas.
Lair Estanislau Alves.