Mil...!?
“Minhas pernas tremeram. Eu não podia perder aquele gol.”
Foi assim que Pelé relembrou os momentos anteriores ao pênalti por ele cobrado contra o Vasco! O Estádio do Maracanã parou de respirar... Silêncio! O goleiro Andrada tinha parado de contestar o pênalti, para ele, o santista tinha se jogado ao chão!
Andrada abre seus longos braços e pernas... feito uma tarântula Goliath Birdeater, a maior aranha do nosso planeta! Não resolveu todo o seu esforço!Goooooooooooooool!
Eduardo Arantes do Nascimento assinala o milésimo gol da sua carreira!
Deste modo, brinquei com o Drº Amaury, que há 30 anos faz a coleta do meu sangue para analises! A minha veia não é a bailarina do escritor Ignácio de Loyola Brandão, não é mesmo!
A minha veia gosta de brincar de pique e esconde, ou, de cabra cega, ou, de seu ratinho está em casa, ou, mãe de rua, com, o Drº Amaury, e, com, a enfermeira Mariana na hora da aplicação da quimioterapia!
Tudo fica “mais suave na nave” brincando, não é mesmo?!
Manhã de sábado chego muito assustada, ao laboratório Bional, pois, meu oncologista me havia alertado! Novos exames marcados! Terror na minha alma!Terror no meu cérebro! Terror!
A recepcionista do laboratório faz a festa ao me ver! Abro um sorriso de orelha a orelha para ela, ao dizer bom dia!
Anotações feitas! Tudo pronto!
Lá vem “ele” no seu jaleco branco, A simpatia em pessoa! Drº Amaury me convida para ir á sala de analise!
Neste exato momento recordo do milésimos gol do Pelé, com irreverência contorno o medo chutando-o para o fundo das redes...
“Drº Amaury vamos lá para a milésima cutucada...! Goooool!”
Vamos vencer mais esta!
##dedico para todos os profissionais que cuidaram e cuidam de mim nestes quase 30 anos de luta contra o câncer.
Dedico ao amiga (o) que esta passando pelo tratamento, e, esta, tão assustada (o) quanto eu!