Eu preciso sobreviver

Está faltando no patropi um jornal como "O Pasquim". Ele foi o grande veículo da imprensa que contestou a ditadura militar usando apenas a arma do humor corrosivo. Foi o porta-voz da consciência das pessoas que não aceitavam o arbítrio. Seria hoje, se existisse, frontalmente contrário ao golpe. Mas nao temos um jornal desse tipo. Não temos jornal nenhum. A esquerda durante o período que esteve no poder foi incapaz até de fundar um jornal, preferiu financiar a grande mídia fascista. Os esquedistas de destaque preferiram se envaidecer nos cargos. Sou testemunha que alguns deles, aqui em Pernambuco, evitavam os movimentos de trabalhadores e terceiravam sua presença, mandavam no capacho os representar, foicavam nas salas atapetadas e com ar-condicionado gozando mordomias. Pra que mentir? É verdade, foram coveiros da própria esquerda.

Mas volto ao jornal "O Pasquim". Naquela época me parece que Jaguar ou Hefil colocou uma charge que mostrava alguns soldados romanos pregando Jesus na cruz, e um deles a tígtulo de descualpa dizia: - Eu preciso sobreviver. Hoje "O Pasquim sem dúvida colocaria como um desses soldados pregando na cruz a democracia, o professor e senador, agora tamabém golpista, Cristovão Buarque, e para anão ser machista colocaria uma "soldada", Marta Suplicy (por que não muda o nome se mudou de idéias?).

Está faltando mesmo um jornal como "O Pasquim", inclusive para gozar também esta nossa esquerda de merda. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 29/05/2016
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