"NÃO DESPERDICE SUA VIDA."

Engasgados com tanta lama que cerca a gestão pública, sem perceber, desperdiçamos nossas vidas, considerando sobre corrupção.

Precioso tempo entregamos a tentar esclarecer o que já se esgotou em evidências e certezas insuperáveis contra qualquer dialética (nome importante para a ignorância que resiste ao curricular) por força do que se chama em prova da RAINHA DAS PROVAS; a confissão.

Não há agente passivo sem seu correspondente ativo, e a torpeza política aliada à total impropriedade chama de contaminação a corrupção aflorada. O setor público contaminou o setor privado pela ação dos corruptos públicos. Diz essa enorme idiotia a política-partidária dos ladrões, que foram contaminados, afirmam desavergonhadamente. Isto além de contrariar a ciência penal é cômico. Nunca se viu tal estupidez de retórica que causa indigestão à lógica. Quem detém o mando do dinheiro é o “dominus”, esse é quem contamina, no caso o Poder Público que outorga concessões e licitações, e pede vantagens para conceder obras e serviços nos quais manda. É coisa óbvia..compreensível por crianças.

Desperdiçamos nossas vidas falando sempre da mesma coisa. Sobre bandidos e seguidores da malta, chefes e capangas.

Fantástico livro, “Não desperdice sua vida”, do beneditino Ansel Gruun, monge beneditino que vive na Abadia de Munsterschwarzach, Alemanha, situa bem esse desperdício.

Quando nos preocupamos com ladrões e seus apreciadores “desperdiçamos nossas vidas”. E não vai adiantar. Cidadania é escolha e voto. Votar em quem? O Brasil é um manancial de corrupção, coisa antiga e forte.

O combate com a irresignação não funciona, como adiantar ideias contra corruptos em rede. Não funciona. Os apreciadores da corrupção, subsidiados por ela, embora poucos, continuam sua procissão em rede, pagos, como já constatado e provado, embora rudes e primários.

Ninguém convence a idiotia a recepcionar a evidência. Por quê? Por ser além de estipendiado, ou seja, viver dessa necessidade, incidir em patologia. Não compreende o comum a patologia, muito menos caminhos e doutrinas políticas que requerem estudo.

Ir para as ruas em manifestação contra essa hedionda postura dos homens públicos, todos, de qualquer partido ou corrente, corruptos, trouxe o impeachment. Isso funciona, a vontade do povo, galvanizada, cimentada, estruturada. E não é a balela da democracia, mera intenção ideológica, ficção, que conseguirá, a não ser um pouco de realidade, na parte, nunca no todo. É a pressão que faz esperar o voto ou não dos que pressionam adiante em eleição que faz funcionar. Essa é a conduta cidadã que funciona, única. Postar nossa contrariedade contra corruptos é perda de tempo e desperdício de vida.

A psicóloga Ursula Nuber com propriedade diz que “Quando uma pessoa não me trará proveito algum, nem particular nem profissionalmente, não converso com ela”. É um girar em torno de si mesmo. São necessidades insaciáveis cultuadas pelos necessitados que incorporam esse perfil.

Acontece com aqueles que veem o mal, o mal está protagonizado, provado, é irrecusável, formalizado sob inúmeras formas, mas não há conversa que demova o manipulado de seu objetivo. Necessidades. Não se perca tempo nem se desperdice conversa ou reflexões com essa posição doentia por necessidade.

O que é a necessidade além da própria necessidade? Dizia Khalil Gibran. Compreende-se a necessidade, mas não a corrupção. Esta não pode vencer aquela.E quem tem riqueza interior, não dê mais espaço de sua vida para falar sobre bandidos. Agora, no Brasil, isso está batendo nas portas da justiça com mais frequência e assim continuará. Que se entendam com a justiça os corruptos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 27/05/2016
Reeditado em 27/05/2016
Código do texto: T5648989
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