Corretivo

Boa tarde meus caros 23 fiéis leitores e demais 36 que de quando em vez dão uma passadinha por aqui para um colóquio literário.

Lembram dos corretivos, que a gente usava nas páginas datilografadas para, justamente, corrigir os erros? Datilografia vocês sabem o que é, né? Bom, nem vou perguntar se algum de vocês já fez curso de datilografia. Todavia, creio que se a gente fizer essas perguntas para todos esses políticos gravados em conversas telefônicas ao celular, eles saberão o que é isso e, justamente por o saber, é que caem nas armadilhas da tecnologia atual.

Aqui na Groenlândia é a mesma coisa. Entretanto, vamos ver aí no Brasil. Lula e Dilma, ao telefone: Lula tem 70 anos, Dilma 68; pessoas dos anos 1940. Logo, conhecem o corretivo, datilografia e, por certo, fizeram um cursinho de datilografia.

O mesmo vale para Romero Jucá, 61, e Renan Calheiros, 60, ambos nascidos nos anos 50. José Sarney então, coitado, mais antigo que andar de à pé: 86 anos, nasceu em 1930, intersecção dos anos 20 e 30, do tempo pré datilografia, da carta escrita à mão e enviada pelo correio. Talvez nem saiba usar corretivo!

É quase o caso de Michel Temer, 75 anos, nascido em 1940, intersecção dos anos 30 e 40. Esse, com certeza, é do tempo da carta manuscrita, visto a que mandou para a Dilma, e se atrapalha na tecnologia, ao enviar um torpedo com seu discurso de posse antes de assumir para vários deputados. Apesar de que, nesse caso, dizem que foi malícia. Como, ao contrário de Sarney, não foi pego em escutas, é uma hipótese a ser considerada: esse é velho, mas é ninja e ensaboado!

Vocês sabem o que é corretivo, não é mesmo? Era um líquido branco, "leitoso", que a gente passava no erro datilografado e ele endurecia e branqueava. Daí era só redatilografar em cima que tava beleza. Quem ainda usa corretivo? O Lula, a Dilma, o Jucá, o Renan, o Sarney, o Temer? O Jucá e o Renan, por exemplo, quiseram usar um corretivo em Dilma, pelo que se ouve nas gravações dos mesmos, "impichando" ela para fazer a lava Jato passar em branco. O Sarney só queria livrar o lado dele, ao que parece.

Na verdade, pelos áudios, conclui-se que a presidenta não queria usar o corretivo e, por isso, foi "apagada" da presidência. Vejam só, a única que não queria impedir a limpeza à jato da corrupção institucionalizada foi justamente a que levou "corretivo" em nome do... combate à corrupção!

Realmente, o Brasil é um país interessante, onde tudo o que parece não é, exceção feita ao seu contrário. Muita gente aí merece um "corretivo". Ainda bem que são dos tempos datilográficos e são pegos pelas armadilhas tecnológicas!

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

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(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina

Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)

Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 27/05/2016
Reeditado em 27/05/2016
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