Brasil de brasileir@s e “brazileir@s”!

Brasil de brasileir@s e “brazileir@s”!

Sou eu um estrangeiro dentro do meu próprio país!

Um Brasil de “brazileiros”?

Brasil de Brazil!

Uma nação com dois pólos; com reis nus e povo nu...

Tudo está despido, todavia, ninguém vê. A cegueira da ignorância e seus mil véus.

Não se conhece mais quem se conhecia. Tudo situado e sitiado pelas opiniões fabricadas e decoradas no pueril.

Há quem saiba de tudo e mais um pouco e quem sabe um pouco e mais de tudo; mas ninguém sabe nada de nada vezes nada e na soma do vazio dá mais nada e um pouco de nada.

Nada se pode falar! Fala-se tudo!

Idiotas diplomados apresentam soluções estúpidas para resolver a equação que jamais chegará a um resultado. Resposta pronta e viciada em ponto de vista copiado e recopilado pelo néscio-calão de hoje.

Brazil de brasileiros de Brasil de Brazileiros!

Sou eu um estrangeiro dentro do meu próprio país!

Ele fala bonito e rebuscado!

- Ele usou mesóclise!

Multiplicar-se-ão medíocres e funcionais analisando morfologicamente e sintaticamente o fragmento da língua e comentando com declinações indevidas o que decodificou apenas.

Desconfio de todo sujeito do pronome EU, que se diz reto, mas é oblíquo discursivamente. Inexistente em opiniões, contudo, quer ser determinado composto, porém termina simples e comum.

Brasil de brasileir@s e brazileir@s!

Minha opinião, eu acho, afirmo, digo, eu tenho certeza, eu apoio, eu eu e eu e mais eu... Todos atrofiados intelectualmente, todavia, diplomados na idiotia de outrora e com especializações em vozes e mais vozes prenhes de recalques e ressentimentos.

É preciso, Brazil, escrever em letras garrafais Brasil e ensinar aos pseudos e faquires intelectuais que nem só de opinião se vive, mas, também, de toda leitura reflexiva.

Adoro os reformadores do mundo, Nietzsche! Fracassado na própria vida; covardes de mundo e violentos discursivamente. Meus Deuses, tenho sono ao ouvir/ler o imbecil se pronunciando. Mas, é válido! O suicídio vem pelo discurso e pela palavra mal proferida; pena que muitos não sabem que sua cova profunda e funda é cavada com as reflexões rasas e superficiais que tenta, que tenta, tenta fazer.

Brasil se escreve com S!

Mário Paternostro