O Flerte.
Em uma noite do ano de 1955, mais ao menos ás 21 horas, voltava do centro do Rio de Janeiro para a Vila Militar no Bairro Realengo. Estava uniformizado, era Soldado do Exército. De repente uma linda garota moreninha me dá uma olhada, que fez-me gelar a alma e coração. Fiquei tão emocionado e tremi mais de que vara verde. Tentei dirigir uma palavra, mas não consegui abrir boca. Me pareceu mais um sonho que qualquer outra realidade. Em uma parada ela desceu, deu um lindo sorriso. Fiquei extasiado e apaixonado, naquela noite não consegui dormir . Nos meus pensamentos e reconstituições daqueles belos momentos, lembrei que carregava uma pasta, provavelmente seria uma estudante do horário noturno. No outro dia, mais ou menos no mesmo horário fiquei de lá onde ela desceu, na esperança de vê-la, ela não apareceu. No outro dia voltei nutrindo a esperança de encontra-la, também nem sinal. O resto da semana fiquei de plantão e nada. Fui para porta de Instituto de Ensino ali nas proximidade. Durante o meu serviço militar fiz de tudo para ver aquela encantadora garota e nunca mais a vi. Porém sua imagem nunca mais saiu da minha mente. Essa misteriosa garota já me apareceu em sonho algumas vezes.
Lair Estanislau Alves.