PUNIÇÃO AOS CRIMINOSOS. NÃO HÁ COMO ESCAPAR.

Um dos maiores criminalistas dos EUA, Robert Luskin , egresso de Harvard, perguntado sobre limites éticos dos advogados para defender seus clientes, cita Edward Williams, outro grande criminalista americano que dizia: “Defendo meus clientes da culpa legal, o JULGAMENTO MORAL DEIXO PARA A MAJESTOSA VINGANÇA DE DEUS”. Caixa alta nossa.

Diz minha mulher não concordar com a assertiva relativa à defesa e retruco, todos têm direito de defesa desde a primeira citação feita por Deus a Caim que se escondia, disse Deus: “Caim, o que fizestes?

Isso não inibe a punição humana para quem se desviou e contrariou as leis do convívio. Acima dos tribunais e ao largo da pena restritiva de liberdade, estão a consciência e a pena moral.

Ardem na fogueira da pena moral os ruinosos construtores dos atuais números da nação brasileira em termos econômicos, alguns com penas reiteradas e alargadas como traz o noticiário recente, acabados física e moralmente, outros ansiosos sabendo que não assistirão absolvições onde os crimes por eles perpetrados vicejaram. Incide a máxima presencial na história “não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe”.

Estertoram no silêncio os verbos antes ditos de solecismos ouvidos.

Pode parecer a muitos que todos os corruptos que cometem crimes contra a massa, oriundos da esfera pública enlaçando o setor privado, estão bem com patrimônios subtraídos, escondidos, segredados, para serem usufruídos e gozados passada a tormenta judicial, principalmente no Brasil, onde as penas e as leis dormem no berço da frouxidão. Não é assim. Mesmo a pena restritiva de liberdade sendo pequena, e não deveria ser, já é um inferno. Imagine-se com febre, preso em casa, com o carinho da família e não podendo sair. É um estorvo, uma agonia que retira o dia a dia da liberdade. Coloque-se em um presídio em cela de 12 metros quadrados quatro presos, executivos de grandes empresas, acostumados com mordomias de incontáveis estrelas. Já estamos diante de pena tormentosa.

Mas nada é diante da pena maior, a pena moral, embora seja valor difícil de alinhar para essas personalidades.

A pena moral circula para os que acabaram com a Petrobras nas sentenças de primeiro e segundo graus, para homens públicos e privados. Só começou, muito há a debulhar nessa pauta de criminalidade que desafiaria as mentes de Beling ou de Mezger, quando apontava o último o crime como o lado sombrio da vida humana. Mas essa sombra tem dois lados, o da ação para as consequências sociais e da punição para o criminoso.

Por terem acabado com a Petrobras, Eletrobras e muito mais que está por vir, estão acabados, é questão de tempo.

As mãos sujas de petróleo que faziam ufania e apregoavam o eldorado brasileiro estão em cheque. O ouro negro trouxe o negrume de escombros.

Dessa pena, moral, a maior de todas e já visível pelos encurralados dos fatos, que virão à tona com maior força, em breve, não há como escapar.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 21/05/2016
Reeditado em 21/09/2016
Código do texto: T5642228
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