Frágil flor
Em uma imensa tempestade, eu uma frágil flor me vi em apuros, o vento era muito forte. Não era nada diante da fúria do vento que varria tudo que estava ao seu alcance. Resisti bravamente enquanto tive forças, lutando por minha vida. Quando vi que não resistiria, deitei-me ao chão e me senti menos frágil presa a minha raiz naquele chão que estava sendo varrido violentamente.
Mesmo resistindo a tudo, jamais seria a mesma, as minhas pétalas frágeis, sentiram a violenta força do vento e me vi espedaçada, triste e muito mais frágil. O vento se foi, imponente, forte pronto a destruir. Eu me ergui um pouco, porém não era mais a mesma, todos me esqueceram. Os olhares de antes que me sorriam nem sequer se davam o trabalho de me lançar um olhar, mesmo que fosse por piedade. Os olhos já não me viam e qualquer vento se fazia forte diante da minha fragilidade.
Eu não era mais aquela flor feliz de pétalas brilhantes, a fúria do vento me transformou e eu teria que prosseguir mesmo triste tentando me fortalecer. Muitas vezes quase me pisavam por me achar insignificante.
Porém, um dia ao passar por ali uma menina tão frágil quanto eu por ser pequena e precisando da proteção de sua mãe para caminhar, conseguiu ver-me bela. Levou-me pra casa com carinho e conseguiu aos poucos me ajudar a voltar o que eu era. Quando eu pensava que não teria mais jeito, aquela frágil menina derrotou a fúria do vento me fazendo reviver novamente.
Quando o vento soprou violentamente não mais me atingiu, pois aquelas pequenas mãos havia me protegido pra sempre da fúria do forte e tenebroso vento.
Débora Dantas