DA EUFORIA À MEDIOCRIDADE
A ministra do supremo, Rosa Weber, pediu que a Presidenta Dilma explicasse o porquê do uso da palavra GOLPE em seus discursos. O artigo V, inciso IV da Constituição responde à ministra: "É livre a manifestação do pensamento”. Está claro que é uma tentativa de intimidação, de censura, para que o impeachment sobreponha ao GOLPE.
E, falando em golpe, parece que o mercado não está se comportando como apregoavam os carniceiros da economia do PIG, a bolsa afundou e o dólar disparou.
Interessante que o mercado se 'assanhava' com notícias sobre o impeachment. O que deu errado? Será que Temer não é a carniça certa e tem mais um GOLPE na manga dos investidores?
O ministério de 'notáveis' corruptos não seria impedimento para a entrada de investimentos, aliás, falam todos o mesmo idioma. Então o que seria? Para que tanto empenho no afastamento de uma Presidenta honesta?
Talvez o anunciado corte nos programas sociais, o envolvimento de nove 'notáveis' ministros na operação lava jato, a ficha suja e a inelegibilidade do próprio presidente provisório, o governo paralelo de Eduardo Cunha que conseguiu, mesmo afastado, emplacar o deputado André Moura, que tem contra si uma suspeita de homicídio, na presidência da Câmara, sejam impedimento para que a economia tome fôlego.
Por outro lado, a mídia continua fazendo a sua parte, já são nove dias sem falar em crise, parece campanha da CIPA e dos alcoólicos anônimos. O PIG está em abstinência absoluta.
Ministra, pergunte ao mundo o porquê de chamarmos o GOLPE de GOLPE.
Ricardo Mezavila.