O Seminário de Estudos Literários - SEL
Este Seminário, apoiado pelo Governo do Estado e pelo Instituto Federal da Paraíba (IFPB), demonstra que a Academia Paraibana de Letras (APL) não considera dificuldades e obstáculos como limites das suas realizações. Quanto mais batentes enfrenta mais ela se sente aguilhada a pensar, a agir, a realizar. Se em Descartes somos porque pensamos, no filósofo Maurice Blondel, em L'Action, somos porque agimos. A APL existe porque age, como este SEL havendo em 18, 19 e 20 de maio de 2016, do verbo haver, plena e historicamente no sentido de acontecer.
Como alertou, neste I SEL, o confrade Hildeberto Barbosa "ser José Lins do Rego ainda esquecido na sua terra", é emblemático que a primeira edição deste SEL tenha tal ilustre paraibano pilarense, patrono da APL, como guia, objeto de estudo e debate, a se comemorarem oitenta anos de Usina e Histórias da Velha Totonha. Contudo, o mundo letrado, os conhecimentos livrescos ou eruditos sabem o nome de Zé Lins, como desportista, jurista, ou sobretudo como cronista e renomado romancista.
Menino,vi José Lins em Pilar, na calçada do sobrado da atriz Zezita Matos, apontado pelo meu pai Inácio; depois pelo meu tio José Augusto de Brito, conhecido e conhecedor do romancista; li seus romances, cujo mundo literário me demonstram a beleza das frases curtas, do seu estilo sóbrio; e que, traduzidas a vários idiomas, levaram-no à internacionalidade. Nele rememoro minha terra, seus valores, seus costumes. Tudo isso se concentrou nos temas programados: O leitor dos franceses, russos, ingleses e espanhóis; sua paixão pelo ensaísmo; seus pedaços etários; seu memorialismo de esmiuçada visão; o cronista das coisas da vida, gerando romances e cinema. Este Seminário, que revelou riquezas ainda então entesouradas, receberá da APL longevidade, como a imortalidade dos seus imortais.