ORAÇÕES QUE PROPAGAM ÓDIO.

A Cruz da Terra de Santa Cruz.

Símbolo da compreensão que não se esgotou. E persiste. E não cala. A Cruz.

Resgatar o coletivo, reunir, juntar, é voltar os olhos para todos sob o pálio da Cruz.

Não é oração o que separa irmãos, semeando divisão. Orar é visão de ser e fazer, nunca de distinguir quem tem ou não tem. Quem possui mais ou menos, quem é pobre ou rico.

Estado, rubrica de laicidade turva. Estado democrático, utopia inglória da glória nunca vivida. Ficção lúgubre de noites onde queimou-se e queimam ainda as liberdades que dividem por distinguirem.

Onde está a Cruz da Terra de Santa Cruz? No ódio que ficou pela história da Cruz dividida?

Resta esquecida em ressentimentos sem raízes justificáveis, permanece a Cruz ignorada pelas orações de vindita.

Tivessem um bom exemplo a dar os Estados, qualquer Estado, suas ideias e seguidores, o legado da Cruz seria respeitado.

Ninguém deve erigir oração que desune, e que se vê, que se lê e que almeja alastrar-se em incêndio na mata seca do entendimento rude, pois oração une, liga e religa, religião é amar,religar.

Se respeitassem as leis feitas por eles mesmos, os homens e suas ideias, que nada são, nem um mero princípio de sabedoria diante da Lei Moral de Cristo, e se ainda nela se inspirem as legislações, seriam pouco de um quase nada em pretender dominar uma verdade de oração maldita, encravada no mesmo ódio que rola do Gólgota pelos tempos na cisão da recusa da nova aliança, séculos afora, onde o ódio como agora deitou raízes.

Nenhuma oração divide, nenhuma oração ressente, nenhuma oração recusa a unidade das pessoas.

A pena da crucificação se destinava aos criminosos baixos, como Barrabás, o ladrão. O ladrão divide por apoderar-se do que não é seu, é como a oração que divide por incendiar um campo desconhecido chamado amor.

Que rezadores de oráculos divisionários silenciem seus hábitos nas orações vestidas de discórdia e se retirem definitivamente dos monastérios do ódio cultivado como objetivo maior, estamos na TERRA DE SANTA CRUZ.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 19/05/2016
Reeditado em 20/05/2016
Código do texto: T5640817
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