CASOU COM JAPONÊS
A colega foi ao Japão trabalhar numa lanchonete. Atraente, não demorou para ser paquerada pelos patrícios. Saiu do Brasil um tanto desiludida com o rompimento de um longo noivado. Assim, aceitou de bom grado a cantada de um autêntico samurai, apesar de não expressar muito bem no idioma local. Após três meses, deixou o serviço para se casar.
Passados seis meses, estava de volta ao Brasil. Queria saber como ficava a sua situação por aqui. Casou legalmente, perguntei. Só no Templo Budista. Então nada a providenciar. Para todos os efeitos você continua solteira. Mas o que aconteceu, perguntei-lhe. Foi uma experiência que não desejo a pior inimiga. Já no início do namoro tive que comer peixe cru com pauzinho. Após a lua-de-mel, tive que aprender a cozinhar, arrumar a casa. O pior. Tinha que esperá-lo chegar em casa, abrir-lhe a porta, tirar o sapato e as meias, colocar o chinelo. Vestir-lhe o pijama e providenciar o banho. Essa rotina era de todos os dias. Sem falar da bebedeira de vez em quando.
Não aguentei mais. Sequer me despedi.