MENOS LATIM E POUCO GREGO
         

Nascemos inteiros, mas nunca estamos prontos. É o que afirma Leonard Boff. E diz mais: Temos que completar nosso nascimento ao construir a existência, ao abrir caminhos, ao superar dificuldades e moldar o nosso destino.
Razão tem o senhor frei, mas de minha parte, repito o poeta Anderson Herzer: eu queria nascer de novo para me ensinar a viver.
Diante de tal impossibilidade, isto é, de nascer de novo, só me resta filosofar e partir para as indagações comuns a todos e procurar saber quem sou, o que me move, se anjos ou demônios me atormentam e se existem mistérios, qual o meu lugar nos desígnios deles.
Bem, quanto aos mistérios,   Shakespeare afirma que eles existem, só que a minha vã filosofia não os alcança e fico cá na minha “Comédia dos Erros”,  gastando menos latim e pouco grego, como aconselha Ben Jonson.
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 16/05/2016
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