Quase censura

Um amigo meu, jornalista matuto que nem eu,escreveu para o jornalizinho da sua terra uma crônica sobre o filme "Spotligth - Segredos Revelados", recomendando que as pessoas o assistissem e fez uma espécie de sinopse, resumindo o filme e,claro, enfocando o principal a denúncia do abuso de crianças e adolescentes por padres católicos nos EUA, mas disse que isso acontecia em todos os países, incusive no Brasil. Resultado: várias pessoas começaram aasistir ao filme, até cópias tiraram e mostraram até em alguns colégios. Foi aí que alguns santinhos do pau ôco se ofenderam e começaram a afirmar que o filme era subversivo e visava à desmoralização da Igreja Católica. Uma quase censura, não é censura porque ninguém teme mais esses censores de merda. O meu amigo virou inimigo número um dos santinhos do pau ôco, não só porque recomendou o filme,mas por causa do último parágrafo da sua crônica:

"Como estou com a mão na massa, e gosto sempre dedizer o que penso e não escondo isso, sempre achei que esses crimes de abuso sexual a crianças e adolescentes poderiam ser extintos com uma medida muito simples: se os pais deles simplesmente proibissem que seus filhos e filhas servissem de ajudantes de padres nas tarefas das igrejas e casas paroquiais (ou quaisquer repartições da igreja). Que essas tarefas fossem transferidas para o pessoal da terceira idade. Vamos ser francos:criança é para se divertir com criança, adolescente com adolescente, todos devem curtir os folguedos próprios da sua idade e nunca amarelecer dentro de sacristias ou casas paroquiaisà mercê da tara de padres católicos. Com essa medida se cortaria o mal pela raiz.Prevenir é melhor que remediar".

Estou de acordo com o amigo. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 10/05/2016
Código do texto: T5631296
Classificação de conteúdo: seguro