ONDE É QUE VOCÊ NÃO FOI?
Nada mais crível para explicar a atual conjuntura do que o 'Samba do crioulo doido', de Sérgio Porto. O 'crioulo endoidou de vez' com tanta informação cruzada, um disse-me-disse, 'vaivém' e 'vem cá minha puta', que o crioulo se complicou.
É impeachment ou é golpe? Teve crime de responsabilidade ou não teve? O relator podia ter escrito o relatório, ou não? Quem preside a Câmara é um deputado, ou é o presidente do Senado?
A Suprema Corte é uma coisa desengonçada, não tem credibilidade judicial, portanto é nula. Seus ministros são capachos de governadores e afins.
A plebe assiste os horrores de uma peça bufa encenada por atores paparrotados. Parece que retroagimos aos piores tempos da monarquia, onde só prevaleciam os interessses da Coroa.
Estamos bestializados com a falta de princípios, escancarados, que há por trás dessa estranha política fisiológica.
A corrupção é uma metástase que não mata, um estado terminal que não termina, uma doença que se fortalece com a dor, um cadáver vivo, um esqueleto com pele.
Ricardo Mezavila.