Reforma,
Segundo o dicionário Aurélio, ato efeito de reformar-(se), pode ser mudança, modificação ou se na área militar , aposentadoria .
Às vezes penso que devo reformar-me. Mudar. Mas... Mudar o quê e por quê? Daí, desisto porque não me vem a resposta e, sigo, como estou. É, como estou. Acredito que estou bem. Bem de saúde. Não. Não estou bem de saúde após dois enfartos e o último foi mais grave.
Devo então:
Reorganizar-me pois sou desorganizada. Sou des.
Enfeitar-me com cremes antirrugas. Dará jeito?
Fugir do espelho, um inimigo mordaz, sádico, cruel...
Orientar-me pelo sol, pela lua, pelas estrelas, pelo céu.
Rir de mim, da minha velhice, dos meus trejeitos;
Minimizar as dores do corpo com drogas analgésicas
Alimentar meu corpo com a naturalidade e o sossego.
Pois é. Dores. E são muitas. Elas me levam ao leito várias vezes ao dia. Mas estou bem. Ainda ando. Estou na vertical. Isso é importante.
Vivo pensando que nasci para me reformar espiritualmente, constantemente. Creio que melhorei. Um tiquinho de nada, mas melhorei. Não voltarei zerada para o Mundo Maior. Lá me certificarei do tamanho da minha reforma: se fui capaz de amar de verdade; se me doei por inteiro aos meus semelhantes; se fui capaz de perdoar. E aqui acredito que não modifiquei em nada. Pouquíssima reforma nesse quesito.
Ocupei esse corpo que me foi dado como morada e para me locomover nesse planeta. Tive, tenho e terei com ele todos os cuidados. Mantendo-o saudável, em condições de atuar, andar, sem que tenha acidentes provocados por bebidas exageradas, ou por uso do fumo, ou drogas.
Essa casa precisou de reforma quando o próprio ambiente se desequilibrou pelo uso. Os condutores de sangue entupiram, o reboco das paredes começaram a ruir e a reforma teve de ser mesmo efetuada para que a casa não desabasse antes do tempo.
Quando, numa das mudanças de vida, verifiquei erros de comportamento, solicitei a vinda e formalizei compromisso de mudanças de hábitos, atitudes e de comportamentos. Comprometi-me a amar incondicionalmente aos meus inimigos – esse quesito eu desobedeci – não em tudo. Não perdoei e não perdoo o assaltante que invadiu minha casa e atacou minha filha ,dentro da minha casa, com uma faca enorme, escondendo, a cara de pau, numa meia de mulher. Não , não perdoo. Até hoje, mais de vinte anos se foram, ainda vejo a cena se às tardes o sol entra pela janela e estou sentada na sala. Não, não perdoo.
Pelo tempo da chegada a esse planeta já deveria ter sofrido uma grande transformação, mas como não me lembro exatamente como eu fui, fica a questão suspensa para uma resposta lá do outro lado, na próxima mudança de casa. Espero ter efetuado as reformas íntimas a que me comprometi, pois as reformas físicas, estas eu estou promovendo, lentamente, no meu ritmo, no meu compasso. No compasso das minhas forças, embora eu saiba que a reforma íntima deveria ter ocorrido ao longo do tempo e não só agora, quase na eminência de mudar-me de casa novamente. Espero que eu tenha efetuado a minha re-forma. Que tenha mudado a minha forma espiritual de desorganizada para um espírito organizado e equilibrado.
Pela minha reforma e a de todos os homens de boa vontade. Que Deus tenha misericórdia de nós todos, povo desalmados que estamos. Deus seja por nós.
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Reforma
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/reforma.htm
Segundo o dicionário Aurélio, ato efeito de reformar-(se), pode ser mudança, modificação ou se na área militar , aposentadoria .
Às vezes penso que devo reformar-me. Mudar. Mas... Mudar o quê e por quê? Daí, desisto porque não me vem a resposta e, sigo, como estou. É, como estou. Acredito que estou bem. Bem de saúde. Não. Não estou bem de saúde após dois enfartos e o último foi mais grave.
Devo então:
Reorganizar-me pois sou desorganizada. Sou des.
Enfeitar-me com cremes antirrugas. Dará jeito?
Fugir do espelho, um inimigo mordaz, sádico, cruel...
Orientar-me pelo sol, pela lua, pelas estrelas, pelo céu.
Rir de mim, da minha velhice, dos meus trejeitos;
Minimizar as dores do corpo com drogas analgésicas
Alimentar meu corpo com a naturalidade e o sossego.
Pois é. Dores. E são muitas. Elas me levam ao leito várias vezes ao dia. Mas estou bem. Ainda ando. Estou na vertical. Isso é importante.
Vivo pensando que nasci para me reformar espiritualmente, constantemente. Creio que melhorei. Um tiquinho de nada, mas melhorei. Não voltarei zerada para o Mundo Maior. Lá me certificarei do tamanho da minha reforma: se fui capaz de amar de verdade; se me doei por inteiro aos meus semelhantes; se fui capaz de perdoar. E aqui acredito que não modifiquei em nada. Pouquíssima reforma nesse quesito.
Ocupei esse corpo que me foi dado como morada e para me locomover nesse planeta. Tive, tenho e terei com ele todos os cuidados. Mantendo-o saudável, em condições de atuar, andar, sem que tenha acidentes provocados por bebidas exageradas, ou por uso do fumo, ou drogas.
Essa casa precisou de reforma quando o próprio ambiente se desequilibrou pelo uso. Os condutores de sangue entupiram, o reboco das paredes começaram a ruir e a reforma teve de ser mesmo efetuada para que a casa não desabasse antes do tempo.
Quando, numa das mudanças de vida, verifiquei erros de comportamento, solicitei a vinda e formalizei compromisso de mudanças de hábitos, atitudes e de comportamentos. Comprometi-me a amar incondicionalmente aos meus inimigos – esse quesito eu desobedeci – não em tudo. Não perdoei e não perdoo o assaltante que invadiu minha casa e atacou minha filha ,dentro da minha casa, com uma faca enorme, escondendo, a cara de pau, numa meia de mulher. Não , não perdoo. Até hoje, mais de vinte anos se foram, ainda vejo a cena se às tardes o sol entra pela janela e estou sentada na sala. Não, não perdoo.
Pelo tempo da chegada a esse planeta já deveria ter sofrido uma grande transformação, mas como não me lembro exatamente como eu fui, fica a questão suspensa para uma resposta lá do outro lado, na próxima mudança de casa. Espero ter efetuado as reformas íntimas a que me comprometi, pois as reformas físicas, estas eu estou promovendo, lentamente, no meu ritmo, no meu compasso. No compasso das minhas forças, embora eu saiba que a reforma íntima deveria ter ocorrido ao longo do tempo e não só agora, quase na eminência de mudar-me de casa novamente. Espero que eu tenha efetuado a minha re-forma. Que tenha mudado a minha forma espiritual de desorganizada para um espírito organizado e equilibrado.
Pela minha reforma e a de todos os homens de boa vontade. Que Deus tenha misericórdia de nós todos, povo desalmados que estamos. Deus seja por nós.
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Reforma
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/reforma.htm