Sem assunto

Não sei os outros, mas escrever para mim não é só um hábito, um passatempo, um hobby, mas um vício, uma espécie de obsessão, compulsão ou talvez,pasmem, um Toc. Juro.

Por isso mesmo escrevo, não raro, muitas besteiras e arengas.É a ânsia de escrever. Um erro abissal.Melhor seria escrever menos, amadurecer as idéias para então escrever melhor, dentro, claro, das minhas limitações,e bota limitações nisso.

Acontece que mesmo escrevendo a três por quatro estou ficando sem assunto.Talvez porque já tenha esgotado todo o estoque de besteiras e oacervo de recordações do tempo do ronca, e, além disso,esteja meio cansado das arengas politicas. Temo que tenha idocom muita sede ao pote, bebidotoda a água dele e, agora, no fundo desse pote só exista lodo. E lodo não dá crônica.

Estou me sentindo como se tivesse estourado o limite do cartãode crédito dos assuntos e tivessem cortado meu cheque especial das recordações porfalta de pagamento, estava novermelhoe não cobri. É o que temo.

Hoje coloquei apenasa "Dobradinha da Saudade", uma homenagem a minha saudosa mãe,epara isso me vali da transcriçãode dois recortes de jornal que ela guardava num missal.Passeiatarde procurandoassuntoe nada, só havia o óbvio ululante, repetir o noticiário seria uma babaquice tremenda.

Asssim,amigos e amigas do RL, estou sem assunto, rezando para que apareça um lampejo porque temo se acontecer uma crise de abstenção, ovéio pode pirar. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 08/05/2016
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