Sem assunto
Não sei os outros, mas escrever para mim não é só um hábito, um passatempo, um hobby, mas um vício, uma espécie de obsessão, compulsão ou talvez,pasmem, um Toc. Juro.
Por isso mesmo escrevo, não raro, muitas besteiras e arengas.É a ânsia de escrever. Um erro abissal.Melhor seria escrever menos, amadurecer as idéias para então escrever melhor, dentro, claro, das minhas limitações,e bota limitações nisso.
Acontece que mesmo escrevendo a três por quatro estou ficando sem assunto.Talvez porque já tenha esgotado todo o estoque de besteiras e oacervo de recordações do tempo do ronca, e, além disso,esteja meio cansado das arengas politicas. Temo que tenha idocom muita sede ao pote, bebidotoda a água dele e, agora, no fundo desse pote só exista lodo. E lodo não dá crônica.
Estou me sentindo como se tivesse estourado o limite do cartãode crédito dos assuntos e tivessem cortado meu cheque especial das recordações porfalta de pagamento, estava novermelhoe não cobri. É o que temo.
Hoje coloquei apenasa "Dobradinha da Saudade", uma homenagem a minha saudosa mãe,epara isso me vali da transcriçãode dois recortes de jornal que ela guardava num missal.Passeiatarde procurandoassuntoe nada, só havia o óbvio ululante, repetir o noticiário seria uma babaquice tremenda.
Asssim,amigos e amigas do RL, estou sem assunto, rezando para que apareça um lampejo porque temo se acontecer uma crise de abstenção, ovéio pode pirar. Inté.