TEMER: A SOLIDÃO ANUNCIADA...

Quando a farsa se consumar, teremos um novo-velho governo, tentando implementar medidas restritivas escoradas na premissa de remédio amargo necessário, para curar, supostamente, as mazelas herdadas do atual governo. O fato é que impediram Dilma de governar, sendo boicotada por Eduardo Cunha na Câmara, tendo o apoio cínico das bancadas PSDB,DEM, PPS/SOLIDARIEDADE e do próprio PMDB, gerando uma paralisia fatal para a economia, em detrimento da nação brasileira, da suspensão das atividades e, sobretudo, da confiança de investidores privados, internos e externos, necessários para a reativação dos negócios. Vimos a queda de confiança em nossa economia dentre as agências que pontuam o grau de investimento. Assistimos à paralisia, pasmos, sendo a população. neste clima de catástrofe ( aliás, perceptível desde 2013, quando os indicadores do emprego eram positivos, a inflação dentro da meta, a s condições macro econômicas sem sobressaltos aparentes), plantava-se, desde então, as sementes da CRISE anunciada, a render os frutos nefastos que estamos colhendo. Buscava-se o apoio da sociedade, vitimada diariamente nos noticiários, para a aceitação do GOLPE. De tiros para todos os lados, das reclamações atiradas contra o próprio Congresso Nacional, a princípio, e posteriormente redirecionadas contra o governo, através do aparelhamento das siglas oposicionistas, à guisa de apoio logístico se apropriarem da massa eufórica dos muitos domingos ensolarados. Não havia dúvidas, basta vermos as concentrações frente à FIESP na av. Paulista, inacreditável ver trabalhador rezar na meca do Capital. O circo montado, bastava dar tempo ao tempo, na agilização do espúrio processo de IMPEACHMENT, orquestrado pelo inidôneo maestro, que, embora encaminhado em dezembro/15 ao STF, só caiu depois de cumprir sua missão espúria de protagonizar o golpe na Câmara Federal, passados já cinco meses do requerimento da PGR . Cotidiana e exaustivamente tivemos a cobertura sensacionalista da CRISE que se materializava nos indicadores do desemprego, e reportagens do MPF e PF na operação lava jato, na mensagem implícita de que aqueles atos pertenciam, exclusivamente, aos agentes do atual governo, num paralelo comparativo da CRISE com a "esbórnia" do caixa da PETROBRÁS. Tudo no concerto para agradar ao grande público enquanto nos bastidores se minavam as forças do Governo, isolado, sem condições de reagir. Maneira de se tirar o Poder consagrado nas urnas pelas maquinações de gabinetes.

Ocorre que o País reclama medidas, que significarão apertos, para os quais os financiadores do GOLPE não pretendem contribuir com sacrifícios de seus lucros, restando a Temer enfrentar o resultado disso diante à expectativa de que o Impedimento de Dilma era a panaceia de todos os males. Ainda que a grande mídia seja benevolente não conseguirão segurar a decepção com quem pretende recuperar seus empregos no curto prazo. O menu de levar a economia, a exemplo do ocorrido no governo Sarney após sucessivos e malogrados planos econômicos, não redundará na ativação da Economia a contento das expectativas... O cinto se apertará sobre a pretensão do funcionalismo público de ter aumentos salariais (principalmente no elitizado setor Judiciário) e setores organizados dos movimentos sindicais estarão a postos e vigilantes nas ofensivas contra seus direitos, sejam previdenciários ou de reajuste do salário mínimo que baliza outros benefícios. Para apimentar a conjuntura, teremos eleições municipais em outubro, momento em que os "representantes do povo" não arriscarão seus cargos para defender propostas impopulares. E. para não fugir à regra, teremos um governo inócuo, e pior, preocupado com os rumos das investigações da PF e MPF, visto que protagonizam muitos mal feitos... A solidão de Temer é tão previsível quanto a consumação do GOLPE nesta quarta-feira, dia 11/05/2016, no Senado da República, em hipócrita jogo de cena de cartas marcadas.