Malévola

Hoje uma pessoa disse me algo que me fez repensar um pouco, mas me fez rir muito mais.

Eu estava a me questionar porque as pessoas, não dizem o que pensam umas das outras as claras,na cara?

Eu conheço várias pessoas que nem ousam falar nada na minha presença, aí chega em casa e vai pro Facebook, e fica naquela ladainha, a roupa de fulana era brega, a maquiagem de certas pessoas é um filme de terror, e pá, pá pá.

Para que esse melindre todo comigo? Não é mais fácil, mais honesto chegar até a tal fulana e dizer : olha eu não gostei da sua maquiagem, se eu fosse você faria assim e assado.

Para mim, isso é normal, eu não me sinto obrigada a fingir que gosto para agradar ninguém, e acho o mesmo das demais pessoas.

Questinando esse raciocínio, a pessoa ao meu lado disse : As pessoas não falam para você porque tem medo.

Eu ri muito, mas ri, com vontade, porque eu achei muito engraçado, depois me questionei, o que será que eu faço que dá medo nas pessoas?

A resposta foi clara : não é o que você faz, mas a gente olha pra sua cara e dá medo.

Essa foi difícil não rir novamente, acho que tem um monte de gente que me acha feia.

Aí eu parei para pensar realmente, porque o meu semblante pode estar triste, cansado, até esmorecido, mas sisudo não.

Então eu percebi a dificuldade e insensibilidade de perceber e discernir o mau de mal. Reparei que as pessoas andam muito confusas, as vezes com preguiça de pensar. Por que aqueles que não gostam de raciocinar, não trocam mais do que cinco palavras comigo.

Sou um ser que gosta de explorar toda a minha capacidade e estou sempre buscando alcançar mais conhecimento e conversar comigo, é trabalhoso.

Por isso alguns poucos me amam e um tantão me desgosta.

Porque eu os obrigo a pensar antes de falar apenas com essa cara linda, como diz minha amiga Leila.

E fato de ser uma mulher pensante que conversa sobre qualquer assunto, com simplicidade e destreza , sou conhecida como a Malévola.

Gente, Malévola é um nome ela não é má, ela foi traída e em um ato de mágoa ela teve um instante de maldade, mas ela arrependeu se.

E quem somos nós para julgar o outro de malvado, sem antes saber os motivos que o levaram a escolher esta opção. Claro que não é desculpa, mas quem de nós em um momento de raiva já não explodiu e acabou dizendo algo que depois veio a se arrepender?

Quem de nós não fez isso?

Então, não me julgue por um momento.

Venha até a mim, pergunte me, conheça me e depois teca suas conclusões.

Mas já mais reproduza, o julgamento feito por alguém que me desconhece fez em um momento infeliz.

Saiba que eu não sou um décimo do que dizem, eu sei rir, e gosto de fazer as pessoas rirem e eu não canto o boi da cara preta pra crianças dormirem.

Daniela Appariz
Enviado por Daniela Appariz em 06/05/2016
Reeditado em 06/05/2016
Código do texto: T5627491
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.