MORALISTAS.
Não somos maiores que a moral nem que queiramos, por um simples motivo, os princípios ficam, nós passamos.
As configurações dos temas palpitantes que inebriaram e motivaram multidões, revolucionaram nações, hábitos e políticas, rumos, caminhos doutrinários e sedimentos de altos valores, se assentam não em individualidades criativas, mas em repositório de acertos na convenção humana da boa vontade.
É o concerto definitivo de um futuro almejado.
Assistimos no momento a derrocada do sepultamento desses valores enaltecidos e projetados politicamente que se finam no velório das ficções enganosas, contra as quais de alguma forma e em qualquer momento o povo se rebela.
“Todos os moralistas estão de acordo com que o remorso crônico é um dos sentimentos mais indesejáveis. Se uma pessoa procedeu mal arrependa-se, faça as reparações que puder e trate de comportar-se melhor uma próxima vez. Não deve de modo nenhum, pôr-se a remoer suas más ações. Espojar-se na lama não é a melhor maneira de ficar limpo”. Aldous Huxley.
Não podemos esperar do escritor do “Admirável Mundo Novo” que as advertências ocorram, mas esperamos que os amorais nunca possam retornar, já que ao invés de se arrependerem com o mal, rotineiramente defendem suas incidências, negando-as.