Noturno

Boa tarde meus caros 23 fiéis leitores e demais 36 que de vez em quando lembram que este Bacamarte existe e escreve toda sexta-feira aqui no Recanto.

Lembram daquela canção do Tim Maia, que dizia "Não sei porque você se foi, tanta saudade eu senti (...) Você marcou a minha vida, Morreu viveu na minha história (...) Pensei até em me mudar, pra um lugar qualquer que não exista o pensamento em você". Ela é uma composição de Edson Trindade e, segundo Erasmo Carlos, que tocou com ele numa banda chamada Os Sputniks, ela a teria feito para uma namorada chamada Meire.

O fato é que essa canção também pode se referir a alguém que partiu, que faleceu. Por que digo isso? Porque ao ouvir essa canção lembro do Afrânius, um amigo meu. Domingo passado fez cinco anos da morte dele. Baita amigo. Um irmão!

E no domingo estava caminhando pelo centro de Charky City e pensava nele e, de repente, dei com o Marcos, seu irmão. Justo naquele dia. Coincidência? Começamos a falar dele, claro. Do processo doloroso que foi sua morte, de uma doença degenerativa. Mas também falamos das nossas histórias junto com ele. Chegamos a conclusão de que possuímos o mesmo lance em relação ao Afrânuius: ainda pensamos nele da mesma forma de quando estava vivo, com a diferença de que agora a gente não pode ligar pra ele ou até ir onde ele morava para bater um papo, tomar um pretinho.

Como ele era um influência grande para nós, era um pouco mais velho, uma baita cabeça, nos pegamos pensando no que ele faria ou diria de algo que está acontecendo. E não é um pensamento dolorido, como fala a canção de Maia/Trindade, é um pensamento tranquilo de quem pode conviver com uma pessoa e guardar muita coisa da experiência, lembrando bons momentos e sabendo que a perda faz parte da vida.

Nesse tipo de situação cada caso é um caso, cada pessoa é uma pessoa, sei disso, mas é assim que eu e o Marcos nos sentimos em relação ao Afrânius. Sentimos sua falta, entretanto o pensamento sobre ele é sempre uma boa lembrança de um tempo bom, de vida vivida intensamente e com muita amizade à toda prova. Não tem aquela tristeza e aquela melancolia, tem a saudade, a falta e uma energia sempre positiva.

Nos despedimos, cada um seguiu o seu caminho no anoitecer de Charky City, pensando no "nosso irmão" que, por coincidência (?), faleceu naquele dia. Ou era o Afrânius que queria bater um papo com nós dois? Quem tem amigos não morre pagão.

Um abraço, meus caros leitores.

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

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http://charkycity.blogspot.com

(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina

Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)

Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 06/05/2016
Reeditado em 07/05/2016
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