Falar,demonstrar e sentir(Homenagem Dia das Mães)
Uma conceituada escola em homenagem ao dia das mães convidou três mães para falarem sobre a maternidade e o amor de mãe.
A primeira mãe,uma grande executiva de uma multinacional subiu ao palco e disse que trabalhava muito tempo pouquíssimo tempo disponível para o filho,mas como o amava disse que não perdia uma única oportunidade de dizer ao filho que o amava.. Disse que ligava a cada hora para lembrar ao filho sobre seu grande amor..
A mãe então foi aplaudida e recebeu um lindo ramalhete de flores.
A segunda mãe era profissional autônoma,trabalhava como representante comercial na empresa que abriu com o marido,trabalhava e viajava muito,para compensar a sua ausência comprava tudo do bom e do melhor para o filho,paga cursos caríssimos,investia alto para garantir que o filho tivesse um futuro maravilhoso. Foi calorosamente aplaudida e ganhou, igualmente a primeira,um belíssimo buquê de flores.
As mães na platéia com os olhos marejados se identificaram com os depoimentos das mães e emocionadas compartilharam a sua sensibilidade sobre o amor que sentiam.
Então subiu ao palco a terceira mãe,faxineira da escola,que iniciou sua fala pedindo humildemente desculpas por quase nunca dizer "eu te amo" para o filho e não poder dar ao filho tudo o quanto gostaria,como trabalhava em três escolas mal via o filho,e somente tinha um domingo inteiro com ele de quinze em quinze dias. As mães que assistiam ao depoimento perplexas e indignadas cochichavam entre si:" Coitadinho do menino",
A mãe seguiu explicando que para suprir as necessidades afetivas do seu filho ela fazia ele senti-la em cada momento da sua rotina. O auditório da escola emudeceu e atentas as mães prestaram atenção para o discurso da faxineira. Ela disse que acordava as cinco da manhã para ir ao trabalho e não acordava o filho,o beijava com carinho e seguia para o trabalho,as sete da manhã quando o filho acordasse ele encontrava a mesa do café pronta,com um pãozinho feito do jeitinho que o filho gostava com uma térmica com café com leite bem quentinho. Nesse momento havia um combinado entre eles,a mãe parava tudo que estivesse fazendo e naquele horário junto com o filho fazia uma oração,ainda que distantes isso os aproximava de maneira única. Ao terminar o café o filho sabia que em cima da cama da mãe estaria sua roupa limpa e passada junto com a toalha para tomar o seu banho para ir a escola,sua mochila organizada ,com o lanche preparado para que o filho não esquecesse,antes de ir trabalhar a mãe conferia o dever de casa e sempre deixava um bilhete dizendo que se orgulhava do filho. A mãe ,por garantia,pedia que uma vizinha lembrasse de levar um agasalho e guarda chuva caso o tempo virasse. O menino então as sete e quarenta saia rumo a escola,num trajeto de quinze minutos andando a pé,nesse momento o coração de mãe ficava apertado,e a mãe ia religiosamente num orelhão ligar para uma padaria que ficava no meio do caminho para saber se o filho já tinha passado por lá,alguns minutos depois ligava para a escola do filho para ter certeza que tinha chegado.
Na saída da escola pegava uma bicicleta emprestada e atravessava a cidade para dar um abraço e um beijo no filho,não sobrava tempo para nada além disso. Durante a tarde a vizinha de trás dava uma olhada nele de vez enquando,ela esquentava a comida dele. As três horas era hora do café da tarde e já havia um pãozinho enroladinho num papel com um copo já com duas colherzinha de nescau que o filho adorava. No final da tarde ele sabia que era hora de fazer o dever de casa,a mãe pensava em cada detalhe para estar acompanhando o filho amenizando sua ausência,inclusive escreveu num papel atrás da porta principal o numero de telefones importantes caso houvesse necessidade. Na parte da noite a vizinha da direita dava uma mãozinha para o menino levando-o para sua casa até a hora do jantar e depois o mandava para casa onde logo a mãe chegava. Ao terminar seu relato foi aplaudidas de pé por todas as mães que choravam um choro de reflexão sobre sua maneira de criar os seus filhos. A mãe então recebeu também um lindo buquê de flores e uma gargantilha com o nome do filho pelo amor e dedicação..
A diferença entre falar,demonstrar e sentir é isso,um pouco mais de dedicação,com uma grande dose de compreensão da necessidade afetiva do filho e uma enorme criatividade e sacrifício para se fazer presente mesmo quando isso era impossível.