"Um pra trás e dois pra frente"
A democracia só sobreviverá se e somente se a Lei for justa e fielmente cumprida, sem tresandar "um pra trás e dois pra frente", pretendendo ajeitar o passo como fazia Cabo Totô, em Itabaiana, ensinando crianças marcharem para o desfile de 7 de setembro... Escutei sem querer escutar respeitável cidadão desejar "um passo pra trás" em função da sua vontade política, e assim, "a seguir, aplicar a Lei contra o restante dos políticos corruptos", dando a entender, a seu modo, o preceito maquiavélico: Para atingir tal fim, use-se qualquer meio. Assim descaradamente a ilusão da tal falaciosa arrogância mistura-se aos assuntos na polêmica, confundindo-os, e não se chegando a alguma conclusão; enfim, atrapalha-se qualquer raciocínio; grita-se o temível uso da força e reafirma-se, como numa ladainha: "Para o nosso bem deve ser assim..." O bem de quem?
É uma decepção suportar , nesta idade, de tão experientes cabeças inesperada ideia que nos afronta ao se rever nosso passado; não sabia que pensavam assim. Eu os pensava justos, autênticos, sérios, corajosos. Mas adoeceram nesse ar impuro, que de tão irrespirável também nos deixa tossindo, asfixiados, com visões de um rio sujo carregando ao mar peixes e também condenados inocentes. Mas para ele o importante é, apesar dos transtornos, que o de antes retorne, sobreviva, ganhando, cantando, assobiando, lucrando...
Afinal de contas, já vi isso em épocas diferentes, o ar era tão impuro como o que agora se respira. Em 1970, trouxe como "souvenir" uma lata de sardinha em que se lia "Ar de Paris". Sem prazo de validade, havia instruções para não abri-la onde existissem ventos contrários, como os das cordilheiras andinas, sob as narinas de Pinochet. Hoje, o que se sente? Aqui, em desejos e parlamentos, certas bocas exalam ares indesejáveis.
A democracia só sobreviverá se e somente se a Lei for justa e fielmente cumprida, sem tresandar "um pra trás e dois pra frente", pretendendo ajeitar o passo como fazia Cabo Totô, em Itabaiana, ensinando crianças marcharem para o desfile de 7 de setembro... Escutei sem querer escutar respeitável cidadão desejar "um passo pra trás" em função da sua vontade política, e assim, "a seguir, aplicar a Lei contra o restante dos políticos corruptos", dando a entender, a seu modo, o preceito maquiavélico: Para atingir tal fim, use-se qualquer meio. Assim descaradamente a ilusão da tal falaciosa arrogância mistura-se aos assuntos na polêmica, confundindo-os, e não se chegando a alguma conclusão; enfim, atrapalha-se qualquer raciocínio; grita-se o temível uso da força e reafirma-se, como numa ladainha: "Para o nosso bem deve ser assim..." O bem de quem?
É uma decepção suportar , nesta idade, de tão experientes cabeças inesperada ideia que nos afronta ao se rever nosso passado; não sabia que pensavam assim. Eu os pensava justos, autênticos, sérios, corajosos. Mas adoeceram nesse ar impuro, que de tão irrespirável também nos deixa tossindo, asfixiados, com visões de um rio sujo carregando ao mar peixes e também condenados inocentes. Mas para ele o importante é, apesar dos transtornos, que o de antes retorne, sobreviva, ganhando, cantando, assobiando, lucrando...
Afinal de contas, já vi isso em épocas diferentes, o ar era tão impuro como o que agora se respira. Em 1970, trouxe como "souvenir" uma lata de sardinha em que se lia "Ar de Paris". Sem prazo de validade, havia instruções para não abri-la onde existissem ventos contrários, como os das cordilheiras andinas, sob as narinas de Pinochet. Hoje, o que se sente? Aqui, em desejos e parlamentos, certas bocas exalam ares indesejáveis.