O BRASIL NA CÂMARA DE GÁS

O BRASIL NA CÂMARA DE GÁS

“O sentimento resulta da avaliação das circunstâncias. Se você vê nas circunstâncias um mal, uma adversidade, elas se tornam um peso, uma dor, um sofrer. Mas, se nelas enxerga um bem, um ensinamento, então lhe pesa e faz sofrer”. (Lourival Lopes).

Câmaras de gás foram utilizadas nos Estados Unidos para executar criminosos, especialmente condenados por assassinatos. A primeira pessoa a ser executada nos Estados Unidos por gás letal foi Gee Jon, em oito de Fevereiro de 1924. Uma tentativa frustrada de bombear gás venenoso diretamente em sua cela na Prisão Estadual de Nevada levou ao desenvolvimento da primeira câmara de gás improvisada para realizar sentença de morte de Gee. Em 1957, Burton Abbot foi executado enquanto o governador da Califórnia, Goodwin J. Cavaleiro, estava ao telefone para suspender a execução. Desde a restauração da pena de morte nos Estados Unidos em 1976, onze execuções por câmaras de gás foram realizadas. Na Coréia do Norte, na Alemanha Nazista, na França de Napoleão também muitos morreram na diabólica Câmara de gás.

O cenário político brasileiro está fervilhando e muita água ainda vai correr por debaixo da ponte. Eduardo Cunha foi retirado do poder pelo Supremo Tribunal Federal, no entanto, o mesmo deveria acontecer com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros. São duas águias malvadas e destruidoras das benesses brasileiras. Aliás, todos os envolvidos em corrupção protegidos pelo fórum privilegiado deveriam estar fora das funções e respondendo processo administrativo. O muro de Dilma violentou o verde. Presidiários montam a “cortina de ferro” para separar os que são pró e contra o impeachment: total arbitrariedade de Dilma. Isso fato torna a presidente na condição de ditadora. As delações, não valem nada? Farta documentação, em poder do Partido dos Trabalhadores (PT), do Ministério Público e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), joga por terra argumento da presidente Dilma que não há base jurídica para apeá-la da presidência. (Marcelo Rocha).

Ricardo Pessoa, da UTC, foi o primeiro a delatar a propina via caixa um, Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, endossou a história. Delcídio do Amaral, ex-líder do Senado: Segundo o parlamentar, Dilma tentou barrar a Lava Jato e sabia de irregularidades na refinaria de Pasadena. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) se consolidou, nos últimos dias, como o principal articulador político de Temer. Depois do vazamento de um áudio em que fala ao PIB, aos eleitores e ao Congresso, aos eleitores, Temer detalhou em entrevista seu plano para o Brasil. A cartada de Temer.

Para se credenciar junto ao empresariado, aos parlamentares e a população, o vice Michel Temer expõe na semana decisiva para o impeachment suas propostas para o País. Foi bem-sucedido, mas não pode ficar apenas na retórica. O Brasil requer urgência. O palácio do Jaburu sede do vice-presidente foi invadido por dezenas de parlamentares interessados em estreitar laços com Michel Temer. São verdadeiros urubus, atrás da carniça. Uma das primeiras medidas de Temer pode ser a redução do número de ministérios, com a fusão de pastas. O plano: programas sociais, para reaquecer a economia e retomar o emprego, reformas, ajudam a estados e municípios, aumento de arrecadação, diálogo político, conversa coma sociedade, timing e realismo.

O ex-ministro Moreira Franco, um dos homens de Temer, está cotado para assumir pasta na esplanada. Um líder que encolheu. Principal articulador do plano para tentar manter Dilma no poder, ex-presidente sai do processo com imagem enfraquecida, queda nas intenções de voto e perda de popularidade. Ao se colocar de frente contra o impeachment e, com isso, ir contra o desejo da maioria da população brasileira, Lula compromete sua própria imagem, que ele julga ser inabalável. Sairá maculado do processo, no que parece ser um caminho sem volta. 30% é a medida histórica de intenções de voto de Lula em pesquisas eleitorais. 22% é o índice do ex-presidente no cenário com Geraldo Alckmin (PSDB). 21% é o seu percentual num possível pleito com Marina Silva (REDE) e Aécio Neves (PSDB), segundo o mais recente Data Folha. 53% a rejeição do petista.

O eleitor não os perdoou. A população foi implacável com os parlamentares que, em 1992, decidiram votar na contramão dos anseios populares, a favor de Collor. A história tende a se repetir. (Fonte: Revista “Isto É”). Depois de votar pela permanência de Collor, o deputado pernambucano foi condenado ao caso político. Sem conseguir se eleger para nada, largou a carreira política para virar empresário. Ex-deputado Gilson Machado (PRN-PE). Depois de dizer “não” durante a votação do impeachment de Collor, o deputado tentou se reeleger, sem sucesso, em 1994. Uma década depois da votação, em 2002, o máximo que o amazonense conseguiu foi virar suplente de deputado. (ex-deputado Ézio Ferreira-PFL-AM). O parlamentar não só não conseguiu se reeleger, como enfrentou problemas emocionais. Depois da aprovação do impeachment de Collor, o parlamentar revelou que teve de tomar tranquilizantes para aguentar a frustação dos anos sem mandato, (ex-deputado Ricardo Fiúza (PFL-PE)).

Foi deputado mais bem votado em seu Estado, nas eleições de 1990. Depois de votar a favor de Collor, ficou 22 anos fora da vida pública. Em 2010, virou vereador do pequeno município de Maravilha. (ex-deputado Vitório Malta PDS-AL). Como em 1992, sociedade estará mais do que nunca ao comportamento dos parlamentares durante o impeachment de Dilma. Em 29 de setembro de 1992, 441 deputados votaram “sim” e autorizaram o Senado a abrir processo contra o então presidente Fernando Collor. Dos 38 que votaram “não”, sós três parlamentares permanecem no Congresso até hoje. Um atrito histórico. A República brasileira já foi palco de intensos conflitos entre presidentes e seus vices. Mas nenhum foi tão grave quanto o de Dilma Rousseff e Michel Temer. No último governo da ditadura militar, Aureliano Chaves era vice de Figueiredo.

De olho na indicação de seu partido como candidato de seu partido à presidente da República na eleição, indireta, que se avizinhava, trocou de lado e passou a criticar o general. Não foi indicado. As chapas em geral são formadas por conveniência política do que por convergência de ideias programáticas: daí nascem os embates. A aprovação da saída da presidente tem pelo menos 44 dos 41 votos necessários. Impeachment já tem maioria no Senado. Ninguém sabe se corridos ou úteis. Estudos feitos pela equipe técnica do senado concluíram que, segundo estas regras, o impeachment seria votado apenas no dia 11 de maio. Muito tarde, portanto, para um País já ferido por intermináveis refregas políticas. Se a saída de Dilma for aprovada na Câmara como foi, a oposição propôs que o processo seja lido no Senado em 48 horas.

O segundo pesadelo de Dilma. 54% dos senadores querem a cassação. Confira: 25 contra, 44 favoráveis e 12 indecisos. A economia sem Dilma. Queda do dólar, retomada de investimentos e redução do desemprego são alguns dos efeitos positivos que podem surgir com o novo governo. Com o afastamento definitivo de Dilma, os especialistas apostam em resultados ainda mais significativos. Um estudo da gestora de recursos Mauá Capital concluiu que, com um novo presidente, o dólar cairá de R$ 3,50 para R$ 3,00 até o final do ano e a Bovespa subirá dos atuais 50 mil para 60 mil pontos. Perspectiva para um novo projeto político terá força para restabelecer a confiança da sociedade. Trabalhadores esperam horas para se candidatar às vagas de emprego em São Paulo. Após o impeachment, projeções apontam para a redução na taxa.

A crise afetou tanto pequenos empresários quanto gigantes do setor industrial. Com quedas na produção, há perspectiva de mais falências para o restante do ano. “A população precisa entender que o crescimento não virá facilmente”, afirma Sérgio Vale, economista - chefe da MB Associados. A propaganda do terror. Ao afirmar que um novo presidente colocaria em riscos os programas sociais, governo assusta população menos escolarizada com o discurso do medo. Nos protestos pró-Dilma, carros de som foram estrategicamente posicionados e panfletos foram distribuídos para enfatizar que o “impeachment é um golpe contra os programas sociais”.

O medo como estratégia. A presidente Dilma e o ex-presidente Lula mentem em discurso para assustar a população, da mesma forma que fizeram para conquistar o mandato. “Quem pretende interromper o meu mandato é justamente aquele tipo de pessoa que considera um erro do governo Federal fazer um programa como p Minha Casa, Minha Vida”. (Dilma, Presidência da República). “O que está em jogo aqui com o impeachment é desmontar o direito das pessoas a ter acesso a um mínimo de dignidade possível. Como o Minha Casa, Minha Vida e programas que enfrentam a pobreza”. (Gleisi Hoffmann, Senadora do PT- PR). “Isso é golpismo contra o povo pobre, contra o - Bolsa Família, contra o voto popular”. (Afonso Florence, Deputado (BA) líder do PT na Câmara).

“São esses avanços (programas sociais) que estão em risco, por isso, não vai ter golpe”. (Lula, ex-presidente da República). “Estão dizendo que eles (a oposição ao PT) querem cortar os benefícios. Dá medo, Né?” (Francisco Belo, 65 anos, jardineiro). “Eu tenho medo de perder o-Bolsa Família, estou confusa”. (Maria Elenilda de Araújo, 41 anos, empregada doméstica). “É preciso melhorar o padrão educacional justamente para quebrar essa mistificação das massas pela propaganda governamental”, afirma o analista político Gaudêncio Torquato. De mal a pior. Mesmo tendo como lema do segundo mandato “Pátria Educadora”, o governo cortou verbas de programas sociais voltados para a área. Contrato do FIES, em 2014, 733 mil, em 2015, 278 mil.

Bolsas do Prouni: 1ª. Edição 2015 213.113, 1ª. Edição 2016 203.602. Pronatec. 2,5 milhões de vagas em 2014, 1 milhão de vagas em 2015, 65% foi cortado do orçamento de 2016. Capes. 7,4 mil bolsas foram cortadas em 2016. Orçamento. O Ministério da Educação (MEC) perdeu R$ 10,5 bilhões, ou 10% do orçamento de 2015. Cotistas em risco. Universitários negros e de baixa renda, que entraram no programa do governo, não estão recebendo mais o auxílio Federal para custear despesas de moradia e alimentação, com isso, muitos têm de abandonar seus cursos. O quilombola Agnaldo Guimarães, 26 anos, passou em duas universidades federais, mas não pôde se matricular nos cursos por não ter garantia de receber a bolsa-auxílio. “estamos prejudicando o futuro do País porque o número de pobres abandonando os cursos é escandaloso”, afirma frei David Santos, diretor-executivo da ONG Educação e Cidadania de Afrodescendentes e carentes (Educafro). “Eu passei na prova, mas o acesso me foi negado. Fiquei frustrada”. Thaís Viera Costa, 18 anos, abandonou a faculdade de Comunicação Social da UFBA por não receber ajuda de custo do governo.

Outras modalidades de auxílio, além das de moradia e alimentação, também estão sob ameaça em diversos campi. Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por exemplo, estudantes de baixa renda manifestaram preocupação ao parar de receber ajuda de custo para compra de material acadêmico, e já fazem compras para fechar o apertado orçamento mensal. Em nome da lei – como um jovem juiz encabeça a luta contra o tráfico de drogas entre Brasil e Uruguai. O último capítulo. Às vésperas da decisão sobre impeachment, aliadas abandonam Dilma, ministros pedem demissão e Temer já fala como futuro ocupante do Palácio do Planalto. A presidente não governa mais o Brasil. Senhores é preciso cautela, pois a pressa é a inimiga da perfeição.

Será que Temer está em condições legais de governar o Brasil? Será que Renan Calheiros ficará impune aos processos que o condenam por recebimentos de propinas. Precisamos de um grande líder para governar esse País tão grande e bonito por natureza. BOMBA! A decisão do ministro Teori Zavascki, hoje, de afastar o deputado Eduardo Cunha não deve ser comemorada apenas pelo afastamento de um político que está sob investigação de corrupção. A ideia do afastamento foi amadurecida durante esta madrugada por Teori e teve o objetivo de desativar uma bomba (golpe?) que vinha sendo preparada pelos ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello, e que, junto da Rede (partido de Marina Silva), poderia implodir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e a posse do vice Michel Temer. Ou seja, a bomba era grande e estava prestes a ser detonada na tarde de hoje. A ideia do "trio" era invalidar todos os atos prévios de Cunha, inclusive o impeachment. Como ele já foi afastado, por decisão de Teori, isso não poderá ocorrer mais. (Eliane Cantanhede). Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 05/05/2016
Reeditado em 05/05/2016
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