Lua Vermelha
O céu que contemplo tem duas luas, e uma delas é dela. Em sua taça vermelha encontra-se a dose de loucura certa. Em seu mundo não tem regras, apenas etapas, e a certeza de que o reflexo do meu espelho não será mais o mesmo.
Vestida de armaduras, inatingível, tão livre que prende a mim. Me guarda como seu amuleto. Seu abraço é o berço dos sentimentos que preciso ter, adormeço e resisto a acordar. Minha sombra e meu pássaro. Sua força se torna minha e seu olhar a despe, e me vejo nela.
Suas vestes caem, e sua fragilidade é exposta. Ainda dominante, tudo pertence a ela. Tudo é só dela. Seu humor rege o clima lá fora. A lua vermelha sorri, foi ela quem chegou. Amedrontada fiquei, não sei reagir. Admirada com sua beleza, ainda estou procurando seus
pedaços na armadura.
Não importa qual das suas faces apareça, almejo profundamente que seu coração pertença somente a mim. Ela marcou minha pele com sua espada, e com suas rosas me curou. Sua presença é viciante e alucinógena. Embriagada estou e não pretendo me curar.