Foi num jornalão decadente que li um desses garotos, os inexplicáveis jovens colunistas, dissertando sobre a “rivalidade” entre a alta literatura e os livros ditos de entretenimento. Perguntei-me como poderia haver rivalidade entre a grandeza da arte e a ganância pueril do comércio? Não são gêneros distintos, são espécies incompatíveis. Talvez, o juvenil missivista ainda precise assimilar a diferença entre a literatura que fica e a redação colegial que é escrita para ganhar nota da tia professora ou dos blogueiros de plantão. Não é possível comparar a obra de arte com uma planilha de Excel. Qualquer tentativa será mera demagogia cultural.