Amor, meu amor, nosso amor. O amor... é meu amor!

Amor, meu amor, nosso amor. O amor... é meu amor!

Se o amor tivesse ouvidos, ouviria o meu clamor. Talvez, ele seja ou se faça de surdo, pois até o mundo já ouviu o brado do meu coração.

O amor é sonso, se faz de desentendido; tento compreender e ele não está nem aí nem ali nem alhures, está aqui. Mas, não para o que der e vier, apenas, para o que quiser.

Enquanto canto; ele silencia. Busco; ele se esconde. Essa séria brincadeira me fez e faz de criança-adulto, responsável e irresponsável pelo mundo, que ele mesmo criou e apagou para eu pintar com minha saudade a sua ausência.

Ah, o amor! Ó amor, meu amor! Quantas vezes balbuciei seu nome no silêncio de mim mesmo e lhe vi passando pelo meu quarto escuro. Só a saudade conversa comigo no vazio das noites repletas de recordações de momentos; nosso momento. O momento em que deitou em meu leito e sonhou o sonho que eu já havia sonhado; sonhamos.

Se você, amor, meu amor, soubesse o que o amor, nosso amor, meu amor, ainda pulsa nos rincões do meu coração; amor, nosso amor, meu amor, voltaria nas rimas do enlace, e em nós apertados ficaríamos nós; só nós.

Amor, meu amor, nosso amor. O amor... é meu amor!

Mário Paternostro