Sô Dodô.
Sô Dodô é um grande amigo, sempre brincando que sou uma pessoa sincera e leal, mas que tenho um grande defeito; ser petista, eu rebato brincando; é ter qualidade... Sô Dodô, não gosta nem de ver falar no Lula, por um único motivo; ser Lula chegado ao comunismo. Digo-lhe que o comunismo hoje é light, já tem até religiosos.
Encontrei Sô Dodô três dias depois daquela farsa vergonhosa, votação do tal impeachment. Achei que iria espinafrar com a Presidente Dilma, pelo contrário, estava revoltado era com as cenas burlescas na Câmara, comandada, por um ladrão, disse, esse tal Cunha. Sô Dodô disse que sua filha mexe na internet e sabe da vida de todos esses safados querendo tirar a Dilma, que esse tal de Eduardo Cunha é mais sujo que poleiro de pato, Disse que o Bolsonaro é o diabo em figura de gente. Disse que a última vez que votou, foi em 1994, ao saber que o Fernando Henrique chamou os aposentados de vagabundos, decepcionou com a política. Disse que ao ver o neto do Tancredo desrespeitando uma senhora, ainda Presidente, louvei-me por ter parado de votar, desde os meus 70 anos. E disse mais, se tivesse ainda o direito de votar, votaria em 2018, só para atrapalhar o PMDB e o PSDB . Mas não quis dizer em quem votaria. Brinquei; quem sabe no Lula? Ele sorriu, deu uma baforada, cuspiu e sumiu, bordão que ele mesmo gosta de pronunciar.
Lair Estanislau Alves.