Barbaridades
 
 
Seis da manhã; acordo, tomo banho e desço para tomar café e começar a minha primeira aula do dia, que é às sete. Enquanto o café coa na cozinha, vou dar uma olhada nas notícias pela internet. E é então que eu deparo com algo que, para mim, é um dos maiores absurdos que já tive o desprazer de presenciar online: um grupo de “manifestantes” enfileirados, defecam, urinam e cospem sobre fotografias de políticos. Fiquei com muita vergonha pela imagem que as pessoas estão passando do nosso país para os outros países lá fora.

Sinceramente, é compreensível que a partir de bizarrices como esta, sejamos mal recebidos e olhados com desconfiança pelos outros povos. Penso também nas outras pessoas, talvez crianças ou idosos, que estavam passando por ali naquela hora e presenciaram a cena.

A “manifestante” que foi filmada, em close, é uma mulher, uma moça jovem e bonita. Ela pode ser qualquer pessoa por quem você já passou na rua, ou passará.

Observando aquela coisa nojenta, absurda, suja, abjeta e repugnante, fiquei pensando no quão baixo as pessoas são capazes de descer. De repente, parece que o Brasil tornou-se um país de idiotas.

Logo, teremos aqui os Jogos Olímpicos; será que os turistas serão obrigados a presenciar coisas assim – ou piores – pelas ruas, quando chegarem? Eu faço votos de que o evento seja um fracasso, e que ninguém venha; afinal, está tudo errado, não temos condições para bancar devidamente eventos assim, o que só serve para piorar ainda mais a situação de todo mundo: o país está FALIDO! Não há dinheiro para pagar os aposentados, que estão passando por necessidades terríveis, as escolas estão caindo aos pedaços, a saúde está em fase terminal. Tem gente passando fome porque não tem de onde tirar dinheiro para comprar comida! Sem mencionar a situação política, essas manifestações bizarras e vergonhosas, as cusparadas e defecadas incentivadas por políticos e artistas consagrados.

Acho que estamos vivendo o caos: é normal cuspir na cara dos outros, defender a tortura, defecar na rua, espalhar boatos na internet sobre pessoas públicas e não-públicas, desfazer amizades de anos por causa de política, xingar e ofender pessoas que nem ao menos se conhece.

Eu estou com nojo. Meu sentimento é de total desolação pelo país onde, infelizmente, nasci. Eu tenho nojo, nojo, nojo! A internet trouxe à tona a verdadeira alma das pessoas, e elas podem ser horríveis. Perdemos a noção da educação, do bom senso, da civilidade. Não há mais recato, quase ninguém mais se preserva. E me escandaliza o fato de que há pessoas que defendem esse tipo de comportamento, curtem nas redes sociais, aplaudem...

Acho que precisamos de limites, e urgentemente. Alguém precisa mudar as leis, e esse tipo de comportamento precisa ser refreado. Isto não é direito à livre manifestação, é incentivo ao absurdo, é falta de educação e de respeito.






 
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 28/04/2016
Código do texto: T5618939
Classificação de conteúdo: seguro