NA SOLEIRA DA PORTA
NA SOLEIRA DA PORTA
Termo bastante usado por meus avós, quando éramos crianças.
Estamos em pleno século XXI, época de grandes realizações, mudanças e a era fantástica do conhecimento.
As cidades cresceram. Ruas antes tranqüilas e sossegadas, agora são muitas vezes verdadeiras pistas de corridas.
Residimos em grandes edifícios ou em casas cercadas por muros, gradis onde não podemos mais sentar acomodado na soleira da porta, como faziam meus avós.
É o ônus do progresso, que muitas vezes cerceia a possibilidade de ir e vir livremente.
Se o passado for rememorizado podemos ver como eram as tardes de domingo, quando meus avós, e seus amigos sentados na soleira da porta trocavam idéias, faziam planos
naquele saudável encontro fraterno.
Hoje tudo é passado. Devemos, entretanto acompanhar e nos atualizarmos, pois estaremos sujeitos a sucumbir a ficarmos alienados se não vivermos conforme vai rolando a humanidade, sempre em constante transformações, pois assim o presente exige.
E assim continua a humanidade: crescendo, agigantando-se e oferecendo ao mundo com a técnica automatizada, novas fronteiras, novos caminhos a serem inteligentemente percorridos.
Curitiba, 12/7/2007.
Dinah Lunardelli Salomon