Um Canto de Uma Geração.

Como já dizia o poeta: "Apesar de você /amanhã há de ser /outro dia...", sem dúvidas e nem, Chico Buarque de Hollanda cantou a sua geração, imortalizando-a com letras fortes e provocantes que levaram-no a ser expulso do país. Sendo elas censuradas para quaisquer que fossem execussões pública.

Bem que tentaram lhe fazer calar, porém, quando uma letra já era polêmica ele compuzera outra mais polêmica ainda. Suas músicas tinham tão grandes genealidades que se faziam pensar que eram letras direcionadas à uma mulher, quando na verdade eram de cunho subversivas, foram os casos de "A Banda" e a também polêmica "Carolina". Esta segunda, Chico descreveu de uma tal forma, a passividade de alguns brasileiros que se omitiam de reivindicar por um "Brasil Melhor", livres das garras da ditadura e da falta de liberdade da palavra.

Chico Buarque, cantou como ninguém a situação vigente do país de um jeito muito até sarcástico. Os seus textos eram muito simples, usava palavras do nosso dia-a-dia, todavia , as organizava tão genialmente, que o levaram a ser um compositor consagrado.

Pra mim, Chico Buarque, com seus diversos estilos de rítimos musicais, que vai do Samba ao Chorinho; do Blues ao Bolero, destacando-se também a Bossa Nova; Chico é realmente um mito. Um "Malandro" que não usa gravata e nem dá rasteiras, um "Malandro Moderno", que só quer samba, futebol e a ordem no Brasil, já que em suas veias percorre o sangue "Verde e Amarelo".

Rio de Janeiro, 05 de Outubro de 1991.