RECANTOS DO SUL
(Diário de minhas andanças)

Esta  é a minha  pacata  Irati.

Irati  da maior  imagem  de Nossa  Senhora  das  Graças(do mundo!) erigida numa  estátua  com  22 m de altura,sobre  uma  das  colinas  que  circundam o  vale  em  que situa-se  a  cidade,conhecida  por "Vale do mel" ou  "Pérola do Sul",é mole?

Da matriz  de Nossa  Senhora  da Luz,contrastando com o progresso e êste dividindo espaço com a beleza ímpar  de nossas  araucárias.

Tenho muito a falar  de ti, Oh! Minha  "IR a  TI",mas isso  será assunto para  proximas postagens.
Mil perdões aos visitantes  desta  página,mas nós iratienses somos  bairristas  ao  extremo.Creio  ser uma sina  rsrs...
O  destino era  Dorizon.Uma passadinha  rápida por lá,para  tratar  de assuntos  de negócios.Aproveitei a  oportunidade  e fiz  alguns  registros:
Ei-los:
Aqui, Rio  Azul.Distante  uns  40  km  de Irati.Suas igrejas...

E uma  freira,moderninha apesar da  idade,cruzando  a rua.
Uma simpatia! Um sorriso lindo ao saber-se fotografada.

Mais  uns  30 km e chegamos  à Marechal Malet.
Adoro  esta  cidade! Limpa,ajardinada,acolhedora...Foi  tema  de uma crônica  espetacular  de  Cecília  Meireles nos  anos  30,quando de sua  passagem pela localidade,num trem internacional.A  escritora encantou-se  com  as peculiaridades deste rincão onde as  etnias polonesas  e ucranianas dão o toque  eslavo à que  estamos  acostumados.

Mais uns  10 km e,finalmente:Dorizon!
 
Tôdas as vezes que íamos à Dorizon, visitar os familiares de minha esposa era caminho obrigatório cruzar em frente à esta venda,bem no topo da ladeira,defronte a igreja Ucraniana.

Sempre ficava imaginando as vidas,as histórias,os personagens que subiam e desciam aquelas escadarias,adentrando às portas da venda.
Minha esposa,que nascera e viveu boa parte de sua vida na localidade,costumava descrever a dona do estabelecimento que,segundo ela,era uma senhora muito bonita,elegante, de hábitos e gestos requintados.
Um dia a conheci e concordei em gênero e grau com a opinião da minha cara metade.
Nossos parentes,a grande maioria hoje noutra dimensão,residiam na mesma rua da venda,no descer da ladeira rumo a BR 153.
Hoje revendo esta foto,um lampejo de saudade (das boas) remeteu-me à bela Dorizon.Uma espécie de "aldeia encantada",onde o sillêncio é aparado docemente entre gorjeios e repicar de sinos.
Têm-se a nítida impressão,de que naquela estação desativada,um trem aportará a qualquer instante,apinhado daquela gente de olhos de mar,cabelos de trigo,que suprimem um "r" na pronúncia ou acrescentam outro onde não é necessário.
Daquela gente acolhedora,cheia de tradições que conhece a fórmula exata de nos fazer sentir bem.
Quantas lembranças!!!
Dorizon  do templo Ucraniano do  rito Bizantino,com suas cúpulas abrindo espaços entre araucárias,luzindo ao  sol em manhãs claras  de  fé e espiritualidade.

De  manhãs frias  e neblinadas quando os  sinos  dobram clamando pelos fiéis.

Dos  almoços deliciosos com mesas fartas e  muito "pirohê" ao molho,ou  nata.

Ah! Este  meu  Sul que  tanto amo.Um pedaço deste  Brasil tão lindo,que merece ser mostrado, cantado, louvado...Ainda  que pareça ufanismo de minha  parte.
Abraços!
Joel Gomes  Teixeira